Autoconhecimento é importante, por exemplo, para sabermos nossas qualidades e defeitos. Quando o tema é o ingresso no mercado de trabalho, torna-se ainda mais importante ter ciência do próprio potencial para alcançar os objetivos. Mas como os jovens se avaliam em relação aos seus conhecimentos, perante outros candidatos? Nem melhor, nem pior. É o que revela pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios, Nube, entre os dias 14 e 25 de janeiro, que contou com a participação de 5.558 jovens, em todo o país. A maior parte dos estudantes imagina deter o mesmo nível de preparação, se comparado a outros. Com a adesão de 3.667 dos entrevistados (66%), “Estou na média” ocupou a primeira posição entre as preferências. Já 1.474 (27%) mostraram confiança, escolhendo “Estou acima da média”.
De acordo com a coordenadora de treinamentos do Nube, Eva Buscoff, é importante o candidato a uma vaga de estágio ou emprego se atentar a uma palavra, acima de qualquer outra: qualificação. “A pesquisa revelou uma situação curiosa. Muitos jovens se imaginam no mesmo patamar de outros. No entanto, para ter êxito em uma seleção disputada, é de suma importância apresentar diferenciais”. Sobre o assunto, a coordenadora acrescenta que “ser um dos melhores deve ser o foco e, para tal, nada como se renovar a partir de cursos paralelos e um bom aprendizado em sala de aula”.
Na terceira e quarta colocação surgem aqueles adaptados à ideia de terem um condicionamento menor para enfrentar uma dinâmica de grupo ou processo seletivo. Entre os votantes, 239 (4%) se imaginam “Abaixo da média” e 178 (3%) “Muito deficientes”. O caminho, segundo a especialista Eva Buscoff, é investir no potencial para recuperar a condição interior. “Caso o estudante imagine ter conhecimento e preparo reduzido se comparado a outros, o seu planejamento deve incluir palestras ligadas ao seu ideal de carreira, workshops e treinamentos na mesma linha, além de conversar com profissionais experientes de sua área”, conclui.