Proxis aposta nos serviços de telecobrança


Paciência, simpatia, capacidade de saber ouvir e argumentar, são alguns dos principais requisitos exigidos dos profissionais de telemarketing. São habilidades que não se prestam unicamente a vender produtos e serviços pelo telefone, como também começam a ser utilizadas pelas operadoras de callcenter para o promissor e cada vez mais crescente nicho de mercado: o de telecobrança. Não se trata de algo totalmente novo, uma vez que muitas empresas desse segmento começaram a investir nesse sentido há cerca de três anos. O inédito é a capacidade de expansão desse tipo de serviço. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) hoje aproximadamente 10% dos trabalhos executados pelas empresas de callcenter são de telecobrança.

A Proxis, empresa de contact center que se especializou em disponibilizar para o mercado serviços em gestão do relacionamento, vendas e logística, também decidiu apostar nessa tendência. A meta pretendida para dois clientes da área financeira é a de resgatar R$ 9 milhões em crédito, em uma carteira, e R$ 3 milhões em outra, até o final deste ano. Wilson Aruk, diretor de atendimento da Proxis, acredita que o crédito consignado é o grande impulsionador da inadimplência. “Muitas pessoas acabam solicitando empréstimos com desconto direto na folha de pagamento e depois não conseguem honrar o compromisso, ou mesmo pagar outras contas”, justifica.

Na avaliação de Jimmy Cygler, conselheiro da Proxis, o segmento de cobrança é atualmente um dos mais importantes da empresa, respondendo por aproximadamente 20% dos serviços prestados.

Para a proxis, essa é uma tendência que veio para ficar, diante do aumento da taxa de inadimplência dos empréstimos concedidos para pessoas físicas no Brasil, que até abril deste ano, segundo dados do Banco Central, foi de 7,4%, correspondendo a mais de R$ 12 bilhões. As operadoras de telemarketing, no conjunto, esperam recuperar 80% do crédito em atraso em todo o país até o final deste ano. A Proxis e outras empresas desse segmento irão se valer do expertise desenvolvido internamente, uma vez que o processo de cobrança não difere muito do trabalho que os atendentes de callcenter e contact center já realizam no dia a dia.

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