Que tipo de líder você é?
Nas empresas brasileiras falta alinhamento entre os estilos de liderança e a prontidão dos liderados. É o que mostrou uma pesquisa realizada pelo Center for Leadership Studies – CLS, da Califórnia, e apresentada por Paul Hersey, criador do modelo e professor da Ohio State University, e por Ron Campbell, CEO do CLS, durante o seminário “Integração Liderança Situacional”, promovido no dia 5 de maio pela Amcham – Câmara Americana de Comércio e pela Brimberg Associados, em São Paulo.
O estudo revelou que, no Brasil, grande parte dos líderes acredita que precisa utilizar um estilo de liderança com um nível elevado de determinações e orientações, para que seus subordinados realizem com eficácia suas tarefas. Por outro lado, os subordinados se consideram dentro de um nível de prontidão – conceito que reúne capacidade, confiança, disponibilidade, disposição, compromisso e motivação para executar suas tarefas – bem mais elevado do que a avaliação dos seus líderes. Assim, nascem os conflitos e a necessidade de análise do contexto.
“Esse desequilíbrio de comportamentos entre líderes e liderados, constatado no Brasil, não foge muito do padrão mundial”, tranqüiliza Campbell. De acordo com ele, existem várias possibilidades para o que ocorre no país: “Os líderes estão subestimando o nível de prontidão dos subordinados ou estão deixando de intervir para a melhoria de desempenho deles, por receio de afetar sua motivação, o que pode elevar a auto-avaliação dos subordinados”.
“Saber porque isso acontece e desenvolver a capacidade para aplicar estilos adequados às diversas situações é o que se propõe a técnica de Liderança Situacional, que viabiliza a combinação de estilos de liderança aplicados aos níveis de maturidade dos subordinados, mas sempre considerando cada situação, cada tarefa específica”, explica Hersey.