Em análise do perfil do operador de contact center no estado de São Paulo, o Sintelmark, Sindicato das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos, constatou que dois em cada dez destes profissionais cursam ensino superior. A pesquisa mostrou ainda que 71% deles têm ensino médio completo, 19% superior incompleto e 10% já concluíram a faculdade. Outro dado apresentado é que 55% têm idade entre 18 e 25 anos e que 45% estão no primeiro emprego. Além disso, 69% dos trabalhadores desta atividade são do sexo feminino.
Para Stan Braz, diretor presidente executivo do Sintelmark, analisar as características destes profissionais é fundamental para o desenvolvimento do setor. “Precisamos identificar o perfil do operador para idealizarmos e direcionarmos, da melhor maneira possível, ações que contribuam para sua evolução pessoal e profissional. O que pode ocorrer por meio de cursos de aperfeiçoamento, cada vez mais focados em suas necessidades e do setor, além da estruturação de projetos que garantam seu bem-estar no ambiente de trabalho”, afirma.
Apesar dos índices elevados de profissionais cursando o ensino superior, o percentual de operadores que dominam um segundo idioma ainda é muito baixo. “Há um déficit no mercado brasileiro de operadores que falem a língua inglesa e este é um ponto fundamental para que o país cresça no mercado outsourcing. Na Índia, por exemplo, mesmo com uma infraestrutura inferior à brasileira, o governo investiu em educação básica de qualidade e as empresas do setor se estruturaram para proporcionar mais conhecimento aos operadores e uma oportunidade de progredirem como desenvolvedores de softwares, por exemplo”, comenta.