Socorro, não tenho sucesso!

Autora: Neusa Miguel
O sucesso não decorre de sorte, como nos lembra o jargão popularíssimo que indica a lua como elemento imprescindível para que ele ocorra. Ainda que o fator sorte possa concorrer, não é o essencial, muito menos o sucesso acontece aleatoriamente. Se nos detivermos em analisar casos de sucesso e insucesso ou procurarmos na literatura disponível, teremos que o sucesso contém  multifacetários fatores.
Napoleon Hill, para escrever o livro “A Lei do Triunfo” , pesquisou, entrevistou e estudou a vida de  nada mais, tampouco menos,  seis mil pessoas de sucesso no mundo. Contratado pelo empresário norte americano Andrew Carnegie, no início do século XX, Napoleon Hill recebeu a missão de descobrir o que as pessoas de sucesso tinham em comum. Após 20 anos de trabalho duro, seus estudos culminaram com o livro que recomendo e considero como leitura obrigatória sobre o tema.
Dentre as personalidades estudadas, figuram ícones como Henry Ford,  Graham Bell, Tomas Edson e outros famosos, bem como incluiu também pessoas comuns, que não se tornaram famosas como os citados, mas que obtiveram sucesso em suas carreiras ou em suas vidas simplesmente, assim como donas de casa que de alguma forma obtiveram sucesso.
Napoleon observou e concluiu que havia 16 leis, como ele denominou, mas que podemos traduzir para 16 atitudes ou comportamentos, comuns nas pessoas de sucesso, ainda que estas não houvessem se preparado, tivessem o conhecimento ou imaginassem que tais atitudes fossem as responsáveis pelo sucesso que alcançaram.
– A primeira lei, ou Master Mind  respeitando os ensinamentos de Napoleon, determina a “Associação com pessoas com o mesmo perfil de pensamento”, ou seja, todas as pessoas de sucesso se associaram a outra que pensavam de forma semelhante. Concluindo que o sucesso não decorre de forma solitária.
– A segunda lei de da lei maior “Lei do Triunfo”, perpetuada em livro, nos ordena que  devemos ter o “objetivo principal definido”. Continuando nossa reflexão sobre o sucesso e os estudos de Hill, tal lei se resume em uma palavra bem contemporânea e repetida a exaustão pelos gestores: foco. Participando de um inesquecível treinamento há alguns anos atrás, o palestrante fez uma analogia para ilustrar o que significa foco; uma criança quando começa a andar, ela vai em direção a mãe, absolutamente focada, do contrário perderia o equilíbrio e cairia antes de atingir seu objetivo principal. É importante salientar que a palavra foco, traz em seu bojo inúmeros detalhes, como planejamento, organização e persistência.
– Hill considerou como a terceira lei “o confiança em si próprio” como um dos pontos em comum encontrados na trajetória das pessoas de sucesso. A confiança inabalável em você, nas suas atitudes e no que pretende, irá inibir desvios desastrosos do seu foco. Até porque quando compramos um produto de alguém, seja ele palpável ou não, compramos primeiro a credibilidade neste produto, embalada no comportamento de quem o apresenta.
– A quarta lei é bem racional e fria e pode ser uma das mais importantes: a “economia”. Sem cumprir um mínimo de boa administração do dinheiro envolvido, nenhum empreendimento criará as raízes necessárias para o seu fortalecimento.
– A quinta lei é a “iniciativa e liderança”. Consideramos que esta faz parte das características naturais das pessoas de sucesso. As pessoas podem até serem treinadas e melhorarem suas tomadas de decisão, mas se tais elementos não forem integrantes de sua personalidade, acreditamos que é melhor fazer parte de uma equipe de sucesso como comandado, do que aventurar-se em comandar ou empreender um negócio sem estas qualidades, pois o sucesso é um corpo que exige uma cabeça para direcioná-lo.
– Continuando a seguir Hill, encontramos a “imaginação”, como a sexta lei que define o sucesso das pessoas. É comum ouvirmos que devemos pensar fora da caixa, isto é imaginar além do óbvio. Extrapolar o lugar comum nos remete ao diferencial necessário para que nosso produto ou empreendimento se destaque da mesmice e alce vôos mais altos.
– “Entusiasmo” é a sétima lei da Lei do Triunfo. Sem o magnetismo contagiante que resulta dos entusiastas de plantão, qualquer pretensão passa despercebida do público que se pretende atingir. Além disto, o entusiasmo nos dá a energia necessária para continuar e nos torna mais persistentes.
– Como oitava lei, Napoleon Hill, descobriu que o “autocontrole” dos estudados foi determinante. Mas o que podemos entender como autocontrole? Na nossa análise, temos que é a capacidade de afastar tudo o que possa interferir em nossas metas. Isto inclui controlar nossos impulsos para comprar, falar, agir e até sentir. Quem quer ter sucesso, deve permanecer sempre alerta, pois a exteriorização de qualquer descontrole pode ser fatal ou atrasar em preciosos anos nossos objetivos.
– A nona lei nos parece muito familiar, no mundo corporativo, o “hábito de fazer mais que a obrigação” é o que diferencia normalmente os colaboradores de sucesso. Há pessoas incapazes de fazer além do que lhe foi imposto. Mas estas são as primeiras a sentir inveja e questionar seus pares que se destacam, recebem promoções e crescem em suas carreiras.
– Em décimo primeiro lugar, figura o “pensar com exatidão”;  a nós exprime a mesma sensação de que é necessário ter foco, como anteriormente mencionamos. Não é tarefa fácil a décima segunda lei de Hill, “Concentração”. A velocidade do mundo moderno, das mudanças e do aprendizado constante, nos tira a concentração.
– Às vezes se faz necessário lançar mão de atividades que possam repor esta capacidade, como exercícios físicos, lazer e até recursos médicos, caso o déficit de atenção tenha proporções patológicas.
– A capacidade de “cooperação” é de extrema importância para o bom andamento de nossas metas. Nela reside vontade de ajudar as pessoas que nos cercam indistintamente. As pessoas solícitas por natureza têm muito mais facilidade em obter ajuda do que aquelas que se desviam de qualquer solicitação do outro.
– Paradoxalmente, Hill determina o “fracasso” como a décima quarta lei necessária para o sucesso. Você diria, mas como assim? Segundo os estudos de Hill, as pessoas de sucesso, em algum momento fracassaram e isso não os derrubou, pelo contrário o fracasso momentâneo faz dos determinados por excelência, analisarem os motivos do seu fracasso e a corrigirem suas rotas.
– A penúltima lei para quem pretende chegar ao sucesso é a “tolerância”. Ser tolerante com os fatos e pessoas que nos aflige, nos  torna mais felizes, nos proporciona maior capacidade de análise das coisas que não queremos que se repita em nossas vidas, mas principalmente não nos tira a energia para manter e reforçar as outras atitudes que nos projeta a frente.
– Por fim, Napoleon Hill, nomeou “Fazer aos outros aquilo que quer que seja feito a você mesmo” como a “regra de ouro”  para o sucesso. Se esta fosse à máxima na rotina de todas as pessoas, imagine como seria o mundo! Mas como eu sou? O que faço para reprimir as atitudes e comportamentos negativos e maximizar os bons? Temos uma resposta muito simples: Conhece- te melhor e tenha a coragem de se auto gerenciar, modificando aquelas atitudes que possam minar seus planos de sucesso.
Neusa Miguel é presidente da Dom Brasil Diagnósticos.

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