O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apoiará um programa de cooperação técnica da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), voltado para pequenas e médias empresas brasileiras desenvolvedoras de software. O objetivo é incrementar a competitividade por meio da introdução da qualidade em software e o desenvolvimento de negócios com o processo de internacionalização e localização. O anúncio foi feito hoje, pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Marcelo Lopes, e pelo presidente da Softex, Waldemar Borges.
O projeto total prevê o investimento de US$ 2,9 milhões. O BID entrará com US$ 1,3 milhão, proveniente do Fundo de Investimento Multilateral do banco, e o restante será uma contrapartida da Softex, de US$ 1,6 milhão, por meio de projetos apoiados pelo MCT e voltados para a qualidade de software e associativismo.
Uma das ações pretende incrementar a qualidade de software no País por meio do modelo de Melhora do Processo de Software do Brasil (MPSBr), desenvolvido pela Softex e apoiado pelo MCT. Com o projeto, será possível a disseminação e a implementação, em escala significativa, dos méritos desse sistema de certificação da qualidade.
Outra ação do projeto consiste em apoiar estudos e defender maneiras de desenvolver software já pensando na internacionalização do produto. O processo de localização significa desenvolver o software preparando-o para ser usado em outros países, observando aspectos como a tradução, medidas, matizes e diferenças culturais. A idéia é ganhar competitividade também por meio de práticas voltadas para as empresas trabalharem juntas, como fusão, aquisição, consórcios e join ventures. O objetivo é começar a disseminar essas alternativas de associação e mostrar outras formas de negócio ao pequeno empresariado.
Essas iniciativas serão disseminadas no mercado latino-americano. No primeiro momento, serão selecionadas entidades locais na Argentina e no Chile, que atuarão como contraponto da Softex na implementação das ações nesses países. A disseminação do sistema de qualidade em outros dois países, poderá ser a base de um sistema de certificação regional.
A estimativa é que o programa beneficie 3 mil empresas de software. Cerca de 2.020 pequenas e médias empresas receberão suporte para incrementar os seus produtos e investir na qualidade. Para tanto, serão treinados 315 especialistas, desses, 40 na Argentina e 40 no Chile. A expectativa é que se formem pelo menos cinco consórcios para a exportação de software.