Responsável por grande parte das oportunidades de primeiro emprego no Brasil, o setor de call center acaba contribuindo de forma decisiva para o crescimento profissional desses jovens. Isso porque, levam a experiência que adquiriram no contato com cliente para o seu currículo profissional. Do lado da empresa há ainda o ganho com o perfil desse profissional. A gerente de RH da Callink, Marcela Martins Pimenta, destaca o fato do jovem ter disposição para aprender e conhecer coisas novas, facilitando o processo de aprendizagem.
Além disso, a executiva pontua a importância da visão que esses jovens podem trazer para dentro da empresa, contribuindo para oxigenar os demais profissionais. Para ela, essa nova geração ajuda a pensar em como fazer diferente todos os dias, pois trazem questionamentos que muitas vezes não esperamos. “Nem sempre temos as respostas certas, mas o mundo é movido pelas perguntas e esse diferencial você encontra nessa geração”, reforça.
Pelo lado do jovem, há a oportunidade de se desenvolver, ganhando em conhecimento e comportamento. “Acreditamos que o fato de ensinar e mostrar nossa cultura e valores por meio de exemplos e treinamentos comportamentais facilita o desenvolvimento no dia a dia e direciona a carreira desses jovens.” Para Marcela, há a certeza de que esses jovens carregarão durante sua trajetória esses ensinamentos.
No entanto, esse profissional traz alguns desafios na gestão. Um deles, segundo a executiva, é vencer a barreira de alinhar a perspectiva que os jovens têm com a realidade do mundo corporativo. “Isso pode parecer distante num primeiro momento, mas por meio de uma comunicação clara e transparente é possível conseguir esse alinhamento e seguir em frente”, pontua a gerente de RH da Callink, que possui, em média, 30% dos colaboradores no primeiro emprego. “Muitos deles estão na condição de jovem aprendiz e após encerrar o contrato continuam na empresa contratados no atendimento ou até mesmo em outras áreas.”