Diretor da Efí descreve a estratégia que alavancou a fintech ao dar fluidez e facilidade em gestão financeira e meios de pagamentos
A instantaneidade das transações, que passou a marcar a transformação dos meios de pagamentos como significativo trunfo de várias empresas na construção de experiências mais fluidas, tem como um de seus pontos relevantes o emprego de APIs. Estas integrações entre sistemas, que ocorrem praticamente em tempo real, vão ganhando espaço no mercado, e inclusive fez surgir, em 2007, a Gerencianet, plataforma para gestão de pagamentos, se configurando, a partir deste ano, no banco digital Efí, em uma história de crescimento que permite alcançar hoje uma base de mais de 350 mil clientes, com estrutura que conta com cerca de 350 colaboradores. Detalhando de que forma a fintech consegue se aproximar dos clientes, colher insights e transformá-los em soluções, Danilo Oliveira, diretor de produtos da Efí, participou, hoje (29), da 711ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Preferindo começar o bate-papo pela missão assumida pela Efí enquanto banco digital, Danilo afirmou que se trata de simplificar o acesso aos serviços financeiros por meio de processos fluidos, tecnologia e segurança. Com um know how adquirido ao longo de mais de 15 anos em soluções de meios de pagamentos, do tradicional boleto até a nova jornada simplificada via modelo do open finance, a empresa se especializou nas APIs (Application Programming Interface), a integração entre sistemas responsável por mais de 80% dos pagamentos proporcionados pela startup. O foco principal está em empresas que necessitam de alta escala nos recebimentos até empreendedores autônomos, visando ajudar a impulsioná-los como pessoa jurídica estabelecida.
Com o tempo, a fintech viu a necessidade de ir além das APIs e oferecer também conta digital para apoiar a gestão financeira de toda a base de clientes. Autorização essa concedida à Efí pelo Banco Central há dois anos e que já vem permitindo, inclusive, incorporar também o modelo B2C ao negócio. “Nessa vertente, o principal produto é o cartão de crédito, que tem como foco, os colaboradores das próprias organizações que já atendemos. O que foi fruto de tudo o que fazemos por aqui, que é baseado na percepção das necessidades dos clientes.” Ao descrever essa cultura customer centric, o diretor garante que foi um dos fatores que permitiram certo grau de pioneirismo da organização no emprego de boletos e do Pix como meios de pagamentos. Ele descreveu, como exemplo, a aceleração do registro de pagamentos junto aos provedores de internet, favorecendo a relação destes com seus consumidores em caso de inadimplência. Uma dor que foi solucionada graças à utilização das APIs no processo, dando muito velocidade à informação, e que serve hoje a vários segmentos que demandam essa instantaneidade de resolução.
Na concepção de Danilo, a explicação para o crescimento exponencial da fintech está na inovação que nasce desse processo de sondar as dores do mercado. “Por exemplo, não somos os inventores do boleto, que já era uma realidade consolidada quando surgimos, mas o transformamos em um instrumento mais favorável no relacionamento entre marcas e consumidores, tanto que, além dos provedores da web, nossa base registra hoje a presença de condomínios, contabilidades, e-commerces, etc., uma grande variedade de players e segmentos que necessitam desse meio de pagamento agilizado. E, quando o Banco Central iniciou o processo de criação do pagamento instantâneo, participamos do grupo que desenvolveu o surgimento do Pix, contribuindo de forma ativa, dentro da nossa experiência e nosso espírito de pioneirismo.”
Dessa forma, graças à definição prévia da API desenhada pela empresa, se antecipando às especificações que viriam a ser estabelecidas pelo BC, logo nos primeiros meses da chegada do pagamento instantâneo ao mercado, em 2020, os clientes da empresa foram os primeiros a fazer uso do recurso. Contou muito para tudo isso a comunidade Efí, criada dentro da plataforma Discord, existente ainda hoje para alavancar as novidades e transformações sugeridas ou aplicadas pela organização no segmento. Depois de contar de que forma a cultura mineira de aproximação entre as pessoas faz parte da startup, nascida na histórica Ouro Preto/MG, houve tempo ainda para o executivo explicar como os insights oriundos da voz do cliente são utilizados estrategicamente pelas diferentes áreas, com foco na construção da melhor experiência, além de dar detalhes sobre o uso de IA na análise dos dados no relacionamento com clientes, as novidades que estão em pauta para o próximo mês, entre outros temas.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 710 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhça (30), com recebendo Renata Oliver, co-fundadora, sócia e vice-presidente na BMG Seguros, que abordará a ressignificação do mercado, com o cliente no centro; na quarta, será a vez de Marcio Malta, CEO da Sorte Online; na quinta, Otávio Azeredo, diretor de marketing e pricing da área de combustíveis da Raízen; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “CX: Monitoria e qualidade no dia a dia da operação”, reunindo Fernanda Baumguertner, gerente sênior de qualidade e experiência do cliente da Claro, Priscila Carmona, CX Consulting Manager da ddCom, Pedro Castro, gerente corporativo de satisfação do cliente da Neoenergia, e Tiago Pires, gerente de relacionamento com o cliente da Cencosud Brasil.