Vitor Roma, CEO da Keeggo

A nova corrida do ouro: IA, cultura do cliente e o futuro dos negócios

Precisamos ajudar nosso cliente a avançar nesta corrida a fim de se antecipar aos seus concorrentes

Autor: Vitor Roma 

A febre do ouro nunca perdeu seu fascínio. E ela é até hoje utilizada como referência para as novas ondas, principalmente, no mundo tech, quando falamos em adesão acelerada a novas tecnologias emergentes. O conceito que me prendeu por anos foi bastante discutido: na corrida do ouro americana, quem ganhou dinheiro de verdade foi quem vendeu pá e picareta (e calças jeans, claro). Quem foi buscar por tal artefato raramente o encontrou. Claro que as histórias de sucesso daqueles que tiveram êxito nessa missão são fascinantes, mas a maioria ficou pelo caminho.

Nos últimos anos, vivemos a corrida pela transformação digital, acelerada por uma pandemia dolorosa. Aquela lojinha de variedades do bairro precisou, em um mês, entrar no iFood. Precisou de fotos, uma tabela de preços, olhar meios de pagamento e até pensar numa logo. Até ele entrou no que chamo de “ambiente online” . Estão todos lá.

A inteligência artificial, com seu potencial de transformar indústrias e revolucionar a forma como vivemos, surge como o novo eldorado que atrai empresas de todos os portes. Inicia-se, portanto, uma nova corrida ao ouro.

Todo mundo ouve falar que tem ouro no fim da estrada, o que gera uma concorrência na qual todos se esforçam para chegar primeiro. Existe uma parábola boba de que gosto muito: dois cavalheiros saem do mesmo lugar para chegar a um ponto comum, em um outro local. Um tem um cavalo, outro tem um burro. Quem chega primeiro? A resposta sempre depende de quem pegar o caminho certo, claro. E na corrida do ouro pelo Oeste americano teve muita gente que se perdeu por diversas sendas sem sequer chegar ao destino.

No entanto, nesse novo Eldorado tecnológico, a cultura do cliente, alicerce de qualquer negócio duradouro, não pode ser negligenciada. A IA, com sua capacidade de processar vastas quantidades de dados e aprender com eles, promete personalizar experiências, otimizar processos e criar novas oportunidades de negócio. A personalização em massa, por exemplo, permite que as empresas ofereçam produtos e serviços perfeitamente alinhados às necessidades e desejos de cada cliente. A otimização de processos, por sua vez, aumenta a eficiência e reduz custos, tornando as empresas mais competitivas.

No entanto, a euforia em torno da IA pode obscurecer os riscos. A história nos mostra que corridas do ouro muitas vezes resultam em bolhas especulativas e em um desperdício de recursos. A implementação desenfreada de soluções de IA, sem um planejamento estratégico e um olhar atento para as necessidades do cliente, pode levar ao fracasso.

É nesse cenário que grandes empresas se posicionam como um parceiro estratégico. Ao trabalhar em conjunto com seus clientes, a empresa garante que a implementação de IA seja feita de forma estratégica, alinhada aos objetivos de negócio e com foco na experiência do cliente.

O futuro dos negócios será moldado pela inteligência artificial. Na corrida do ouro não basta mais ajudar nossos clientes a procurarem ouro. A regra agora é: precisamos ajudar nosso cliente a avançar nesta corrida a fim de se antecipar aos seus concorrentes. Escolher seu parceiro nesta jornada fará toda a diferença no caminho, e no sucesso de cada empreendimento.

 Vitor Roma é CEO da Keeggo.

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