Diretora presidente do Match Group Latam expõe avanços das plataformas de relacionamento, cada vez mais segmentadas e assertivas
O maior hábito e desenvoltura dos brasileiros com o digital, impulsionado em grande parte pela pandemia, teve reflexos em muitas áreas, indo além das mais óbvias como economia e saúde, por exemplo. Outra das consequências foi diminuir drasticamente o preconceito e insegurança na utilização dos aplicativos de relacionamento, conforme registrou o Match Group, dono das marcas Par Perfeito, Tinder, OurTime e Divino Amor no País. Com mais de 14 milhões de internautas presentes em apps desse mercado, o Brasil, embora seja o quinto em potencial de vendas, já é o segundo país do mundo em número de usuários ativos. Visando abocanhar a crescente fatia dos U$ 74 milhões representados nesse mercado, o grupo americano, criado há 36 anos, vem sofisticando a tecnologia que permite refinar afinidades por algoritmos e segmentar em nichos, conforme detalhou, hoje (11), Eugênia Del Vigna, diretora presidente do Match Group Latam, ao longo da 581ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Após comentar que esse é um mercado, que de certa forma, sempre existiu, por se tratar de uma necessidade elementar do ser humano, a executiva detalhou que a empresa iniciou as atividades no Brasil a partir do primeiro movimento nesse sentido, que foi a aquisição, em 2010, do Par Perfeito, que começou como um website, em uma época que muitas pessoas sequer possuíam computador e internet, mas conseguindo participar por meio do envio de cartas, com fotos, à sede da companhia. O que dá uma ideia, salientou Eugênia, da diferença que a tecnologia ocasionou em apenas duas décadas, com as facilidades atuais para a criação dessas conexões entre as pessoas.
“Portanto, trata-se agora de um mercado já maduro no País, reunindo nada menos que 14,2 milhões de pessoas classificadas como solteiras, internautas, e que se utilizam, em sua maioria, de mais de um aplicativo de relacionamento”, resumiu a diretora, responsável pelas marcas Par Perfeito, OurTime e Divino Amor, acrescentando que o potencial de faturamento é de cerca de U$ 74 milhões por ano com os serviços de assinatura. Nesse cenário, ela assegura que o Brasil se situa na segunda colocação do mercado mundial, considerando o ranking de usuários ativos. Respondendo por parte significativa desse volume, o Match Group está presente com quatro marcas, sendo o Tinder a mais conhecida. A seguir vem o Par Perfeito, segmentado para quem busca relacionamentos mais sérios e duradouros, e outros dois de nichos, que são o OurTime, para pessoas com mais de cinquenta anos, e o Divino Amor, voltado para o público evangélico.
O aplicativo Par Perfeito é o único exclusivo no Brasil, demandando da companhia equipes para desenvolvimentos e atualizações dedicados exclusivamente ao perfil do usuário brasileiro.
“Como se trata de uma conexão com propensão à seriedade e durabilidade de relacionamento, a nossa maior preocupação é com a assertividade. Ou seja, propiciar com que as pessoas certas se encontrem, o que é possível graças à inteligência que está por trás do algoritmo, assim como das características próprias de usabilidade da ferramenta.”
Depois de traçar as nuances do que se leva em conta na construção desses perfis e comportamentos, Eugênia pôde responder a uma indagação sobre os eventuais efeitos positivos, para a visão cliente e o negócio, da empresa possuir, na América Latina, um quadro de lideranças formado por 64% de mulheres. Conforme explicou, embora seja importante o papel masculino no desenvolvimento de produtos, a forma como o público feminino age dentro do aplicativo, sendo muito mais detalhista, exigente e seletivo, em vários aspectos, requer um olhar especializado, de maior compreensão. “Além disso, mais presença de mulheres contribui para promover iniciativas, dentro da companhia, que levem a dar mais segurança e confiabilidade às usuárias dentro da plataforma.”
Na sequência, a diretora presidente demonstrou de que forma a pandemia, ao impulsionar a adesão massiva da sociedade ao digital, acarretou também menos preconceito na presença on-line em plataformas de relacionamento, equilibrando a quantidade de homens e mulheres nos serviços – antes de característica predominantemente masculina. Ela pôde traçar também as diferenças entre usuários pagantes e os free, a mudança dos desafios da empresa, que não lida mais com preconceitos, mas com a educação do usuário para extrair o melhor das conexões e as estratégias regionais para avanço do negócio. Deu tempo ainda para relatar o período médio de definição dos encontros, sendo que, atualmente, os aplicativos no grupo na região têm formado uma média de 2,5 mil casais por mês, com uma renovação de cadastro de 200 a 300 mil novos usuários também mensalmente.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 580 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna na quinta-feira (13), recebendo Felipe Penido, head de inteligência de mercado da idwall, que abordará o papel das regtechs na experiência dos clientes; e, encerrando a semana o Sextou especial tratará do tema “Black Friday: O que esperar em experiência do cliente este ano?”, reunindo Aline Haeckel, general manager da Eshopper, Carolina Moreno, especialista em e-commerce na Adobe Experience Cloud e fundadora do Mulheres no E-commerce, Igor Melo, head da Onebeat no Brasil e Stefan Rehm, CSO do Grupo Intelipost.