Relatório da Mastercard indica trilhos sem fronteiras, crédito para os sub-bancarizados e proliferação de opções de aceitação de pagamento como três das tendências
O futuro aponta para um mundo tokenizado, automatização de pagamentos comerciais programáveis, complexos e condicionais e carteiras digitais onipresentes. Essas são três das nove tendências apontadas no novo relatório Signals da Mastercard, “O Futuro dos Pagamentos”, que estariam remodelando a perspectiva dos pagamentos e do comércio para inaugurar a próxima economia. O documento foca em três áreas específicas que irão definir o futuro das transações nos próximos 5 a 7 anos, bem como no longo prazo: reimaginando o dinheiro, experiências inteligentes e futuros sustentáveis.
De acordo com nota da Mastercard à imprensa, o Signals é desenvolvido pela Foundry, o laboratório interno de inovação e equipe interdisciplinar da marca, que impulsiona a inovação de produtos e serviços. “O estudo está estruturado em torno dos mesmos três pilares que guiaram historicamente a pesquisa e o desenvolvimento da inovação da Mastercard, nos capacitando a ver além do que está acontecendo agora para compreendermos o que acontecerá a seguir”.
O relatório identificou as seguintes nove tendências principais, em três áreas distintas, que estariam liderando as mudanças.
Reimaginando o Dinheiro
Um mundo tokenizado: nossa compreensão do dinheiro continua a evoluir para incluir mais tipos de ativos que podem ser tokenizados, incluindo pontos de fidelidade, dados, direitos, e novas moedas. Estender essa tecnologia para cobrir mais ativos do mundo real nos próximos 5 anos transformará a forma como concebemos valor e o que usamos para pagamentos.
Pagamentos programáveis: inteligência artificial, contratos inteligentes, APIs e outras soluções irão convergir para automatizar pagamentos comerciais complexos e condicionais. Novas formas de programar fluxos de pagamento de grandes empresas usando lógica e automação injetarão maior eficiência em nossa economia.
Carteiras onipresentes: carteiras digitais de última geração serão vitais no gerenciamento de nossas identidades e ativos, incluindo uma ampla variedade de valores tokenizados. A super carteira de amanhã, além da abordagem de aplicativo de função única, se tornará uma central de comando para nossas vidas diárias.
Experiências Inteligentes
Finanças conectadas: assim como o varejo omnichannel transformou a forma como fazemos compras, as tecnologias emergentes expandirão as formas e os locais de pagamento — em lojas, arenas, estações de trem, jogos online, metaversos e muito mais. A capacidade de fornecer acesso instantâneo a serviços financeiros em grande escala permitirá que os consumidores façam transações bancárias e paguem de qualquer lugar em qualquer canal.
Trilhos sem fronteiras: os trilhos de pagamento, as redes de conexão que permitem a movimentação de dinheiro, romperão as barreiras atuais que limitam a troca de mercadorias, serviços e dados em mercados geográficos e digitais. Até o final da década, a interoperabilidade de pagamentos transfronteiriços será um fato.
Liberar a aceitação: O checkout no ponto de venda (POV) está em um caminho transformador, impulsionado por novas tecnologias e opções de pagamento. Nos próximos dois anos, podemos esperar uma proliferação de opções de aceitação e novos pontos de interação para permear as experiências do consumidor. As implicações serão de longo alcance — desde a inclusão financeira até permitir que grandes grupos acessem o transporte público, estádios etc., sem filas.
Futuros Sustentáveis
Crédito inclusivo: O acesso maior e mais inclusivo ao crédito será acelerado no curto prazo, potencialmente transformando a vida dos excluídos e impulsionando o crescimento econômico global.
Consumo consciente: os consumidores recompensarão cada vez mais as empresas que apoiam de forma tangível seus objetivos sociais, éticos e ambientais. Os consumidores favorecerão as empresas que realizam ESG ou metas líquidas zero, são fornecidas localmente e operam de forma ética.
Confiança incorporada: À medida que a ocorrência e o impacto de fraude e roubo de identidade aumentam com mais pontos de interação digital e vulnerabilidades associadas, a confiança se tornará um ponto crítico de diferenciação para as empresas. Aqueles que conquistarem e mantiverem a confiança do consumidor captarão uma parcela mais significativa dos fluxos de pagamento.