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Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe

Brasileiros mantêm avaliação de que país está melhor, mas inflação preocupa

Pesquisa da Febraban aponta que a inflação continua preocupando e a maioria dos brasileiros (73%) avalia que os preços aumentaram em comparação com os últimos seis meses.

Passados os primeiros seis meses do ano, o brasileiro mantém a percepção de que o Brasil está melhor do que em 2023. Ao mesmo tempo, a maior parte da população ainda espera que a situação do país avance nos próximos meses, terminando o ano melhor do que começou. A terceira edição da pesquisa Radar Febraban, feita no final do primeiro semestre, mostra que 46% avaliam que o país melhorou em relação a 2023, mesmo percentual da pesquisa de abril. Também é praticamente estável o contingente que acha que o país está igual ao ano passado: 31%, um ponto a mais que no levantamento anterior.

A mesma tendência de otimismo se verifica quanto à expectativa de melhora do país no restante do ano. Para 78% o país ou melhorará até o final do ano (55%) ou continuará da mesma forma (23%). Desde fevereiro de 2023, a perspectiva positiva da população diante do futuro permanece estável e acima dos 53% verificados em fevereiro de 2023. Realizada entre os dias 28 de junho a 4 de julho, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), a sondagem mapeou a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país. Além disso, mensura como a população percebe o endividamento e o uso do Pix.

Quadro inflacionário preocupa

A inflação continua sendo preocupação dos brasileiros em 2024. Elevou-se para 73% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram em comparação com os últimos seis meses. A percepção de queda dos preços, que chegou a 24% entre outubro e dezembro de 2023, reduziu-se a 9% em abril deste ano, ficando praticamente estável em julho (8%). O percentual dos que consideram que o quadro inflacionário permaneceu sem alterações é de 17%.

“O brasileiro chega no início do segundo semestre do ano mantendo a tendência de sentimentos positivos, porém, cautelosos em relação ao país. De um lado, mantém a percepção de que a situação está melhor do que antes e expressa esperança de que a situação do país vai melhorar. Mas, a pressão dos preços de algumas categorias de produtos e de serviços, que continuam impactando no seu bolso, refreia a expansão do otimismo”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

Desejos da população

Mais da metade dos brasileiros (53%) investiria em moradia (comprar: 34%; reformar: 19%) caso tivesse recursos para isso. Em seguida, se houvesse sobras no orçamento, 46% aplicariam o dinheiro no banco (poupança: 21%; outros: 25%). Investimentos em educação pessoal ou da família vêm na sequência, com 12%; a vontade de viajar manteve-se em 12%; desejo de comprar carro (8%); fazer ou melhorar o plano de saúde (8%); comprar eletrodomésticos e/ou eletrônicos (5%) das menções; comprar moto (3%); e fazer seguro de carro, casa, vida e/ou outros (2%)

A aprovação do Pix pelos brasileiros se mantém em índices muito elevados. Em abril de 2023, essa forma de pagamento contava com a aprovação de 89% da população; em julho deste ano, 95% têm opinião favorável. Há um ano 77% da população declaravam utilizar o sistema, enquanto desde o início deste ano esse volume permanece em 92%. Atualmente, apenas 8% dos brasileiros dizem não ter adotado o Pix, enquanto em abril de 2023 eram 22%.

Essa modalidade mantém-se na melhor colocação quando os entrevistados são estimulados a avaliar os principais meios de pagamento ou transferência disponíveis no mercado, obtendo nota 9,0. Dentre os meios avaliados, o cartão de débito e a Ted oscilaram positivamente, mas mantendo suas posições, com notas, respectivamente, 8,4 e 6,4. Em seguida, o cartão de crédito obtém nota 7,9; e o tradicional cheque bancário tem nota 4,3.

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