Ricardo Onofre, CEO e cofundador da Social Digital Commerce

Como ressignificar a Black Friday brasileira?

A Black Friday 2024 demanda prioritariamente personalização, omnicanalidade e inovação tecnológica por parte das empresas

Autor: Ricardo Onofre

De fato, os e-commerces estão cada vez mais preparados digitalmente para a Black Friday, visto que a data vai além de bons preços e estratégias definidas. Hoje, o nível de preparo digital reflete diretamente no potencial das marcas receberem um alto volume de usuários e convertê-los como clientes ao longo deste período.

Empresas como Mercado Livre, Amazon, Magalu e Ponto Frio, por exemplo, figuram entre os principais marketplaces em questão de experiência digital, de acordo com uma análise realizada com base no Gauge CRO Index. O índice avalia mais de 55 variáveis, como SEO, usabilidade, experiência omnicanal, segurança, entre outras.

Ainda segundo o levantamento, os e-commerces com melhores notas demonstram atenção especial à experiência do cliente, qualidade dos produtos ofertados e reputação de marca. Tais fatores influenciam na decisão de compra do cliente digital, inserindo a marca sempre à frente das concorrência visceral.

Aposte na ressignificação do negócio

Considerada a principal data do varejo, a Black Friday traz um senso de urgência constante nos consumidores, como se eles estivessem perdendo algo crucial ao não participar. Isto faz com que o período impulsione anualmente tanto o e-commerce quanto as lojas físicas.

Em 2024, a expectativa é de que o evento gere um faturamento 9,1% superior a 2023, de acordo com um mapeamento da Confi/Neotrust. Conquistando ainda mais tração no Brasil, o evento requer uma ressignificação da atuação das marcas e investimento em tecnologia, a exemplo da Inteligência Artificial, para resultados relevantes.

Inclusive, segundo a pesquisa da Offerwise, encomendada pelo Google, 65% dos brasileiros esperam inovações nesta edição por parte das empresas, sobretudo, em relação aos diferenciais e incrementos que elas podem proporcionar junto ao consumo. Vale destacar que os entrevistados demonstraram interesse em parcerias entre financeiras e varejistas, com o intuito de obter ainda mais vantagens na jornada de compra.

Não à toa, a IA desempenha um papel fundamental no comportamento do consumidor e nas decisões de compra, justamente por reunir dados assertivos que traçam as preferências e o comportamento de cada usuário, o que possibilita uma maior satisfação do cliente.

Maximize as oportunidades

A Black Friday 2024 demanda prioritariamente personalização, omnicanalidade e inovação tecnológica por parte das empresas. Capazes de aumentar o faturamento neste período, estes três fatores-chave maximizam as oportunidades, principalmente se aliados a infraestrutura robusta, logística eficiente e campanhas de marketing personalizadas.

Hoje, companhias que dispõem de recomendações personalizadas veem um aumento de até 30% na receita, ao passo que elas se baseiam no histórico de navegação do cliente e, sobretudo, nas preferências individuais. A omnicanalidade faz com que os usuários naveguem e comprem de maneira coesa, enquanto a inovação tecnológica proporciona uma experiência de compra imersiva e interativa. 

Portanto, a 14ª edição da Black Friday no país requer criatividade e inovação, a fim de atender às expectativas do cliente. E lembre-se: o evento vai muito além da oferta. Isto é, a data transforma uma simples intenção em venda, permitindo assim novas receitas. Neste sentido, é fundamental traçar uma estratégia que não apenas conquiste novos consumidores, como também posicione e apresente a proposta de valor da marca.

Ricardo Onofre é fundador e CEO da Social Digital Commerce.

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