Além de se mostrarem ainda preocupados em relação à pandemia, uma nova pesquisa da Oracle Retail mostra que os clientes estão também apreensivos quanto a um eventual desabastecimento da cadeia de suprimentos e os atrasos nas entregas nas compras de final do ano. Em resposta, 40% dos consumidores no Brasil já começaram ou planejam começar as compras de final de ano. Dos entrevistados, 24% já agem nesse sentido, na esperança de conseguir o presente de Natal mais adequado, e 11% disseram que planejam comprar mais presentes caso alguns atrasem ou sejam cancelados. Número que salta para 16% para millennials e geração Z. Outros estão seguindo um caminho mais fácil, com 29% das pessoas, especialmente 34% dos millennials, dizendo que comprarão mais vales-presente este ano.
“Os consumidores ainda avaliam os varejistas com base na capacidade de entrega dos produtos que procuram no período de festas. Estamos vendo no Brasil uma competição entre as grandes redes pelo menor prazo de entrega. Elas querem ter uma visibilidade clara de seu estoque para garantir a disponibilidade dos produtos que os clientes estão procurando, o mais rápido possível com total transparência no processo de entrega. Quanto mais informação, melhor. Isso ajuda os consumidores a se sentirem confiantes e valorizados por suas marcas favoritas”, analisou Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil. A pesquisa entrevistou 5.728 consumidores globais, incluindo 519 no Brasil, em setembro de 2021. A pesquisa Untold Insights perguntou aos consumidores sobre seus hábitos de compra na pandemia e dos planos para as compras de final de ano.
De acordo com Ricardo Buffon, diretor sênior de Tecnologia para Varejo da Oracle Brasil, “devido ao cenário atual e à forte concorrência no setor, há uma mudança clara no comportamento do consumidor de forma geral que o mercado precisa ficar atento. A tecnologia passa a ser uma aliada no rastreio dessas novas tendências de consumo, principalmente para uma época tão importante para o comércio, como é o fim do ano. Só por meio dela que será possível se antecipar e se aproximar do que o consumidor espera, sendo um fator definitivo para o futuro da marca”.
Atendimento único
Já do ponto de vista dos clientes, a pauta segue as mudanças internas e melhorias tecnológicas para garantir, cada vez mais, um atendimento único. Este é o caso da Marabraz. “Temos uma expectativa de crescimento de vendas para esta Black Friday, uma vez que será a primeira edição em que estaremos na nuvem e é a nossa data com o maior pico de vendas. Passamos por um período de foco em ERP em 2021 e tivemos a Oracle ao nosso lado nos dando a segurança para planejar e efetivar a migração do ambiente mais crítico que temos, que é o nosso site. Agora, temos a tranquilidade de estar rodando em OCI e podemos escalar, identificar os serviços que precisam de ajuda e ativar as etapas de segurança. Para o próximo ano, vamos fazer a lição de casa para crescermos nosso marketplace para que ele supere nossas lojas físicas”, explica Klaus Fournou D´Angelo, CIO da Marabraz.
Para a Ortobom, a expectativa é que este ano tenha crescimento de 25% em relação às vendas da Black Friday do ano passado. Hoje, a operação da empresa roda em Oracle Cloud e conta com um ambiente de alta disponibilidade preparado para atender o período de pico de vendas com escalabilidade e segurança. “Com a Oracle Cloud, a performance de nossos sistemas melhorou em 40% nos aspectos de agilidade e eficácia. O tempo que disponibilizávamos para manutenções foi convertido para foco em gestão. Direcionamos nossos esforços para melhorias de processos e evoluções de sistemas. Além disso, passamos a possuir uma estrutura de Disaster Recovery (recuperação de desastre) disponibilizado pelo Oracle Cloud Infrastructure, o que nos dá total segurança e disponibilidade dos sistemas de forma imediata em casos de sinistro”, comenta Gabriel Rezende, diretor de TI da Ortobom.
O Papai Noel pode atrasar
De acordo com a sondagem, 84% dos entrevistados tendem a esperar pelos presentes entregues em suas casas (contra 76% em 2020), mas muitos estão preocupados com o fato de que os prazos de envio não atenderão às suas expectativas e atrasarão, se chegarem. Para aliviar suas preocupações, 91% dos entrevistados disseram que o rastreamento granular do status de entrega é muito importante. Se o pacote finalmente chegar, 14% das pessoas temem que ele possa ser roubado.
No Brasil, 56% dos entrevistados disseram que a entrega rápida determina de quem comprarão. Dez por cento dos consumidores esperam entrega no mesmo dia, 26% entrega em 1-2 dias e 32% entrega em 3-5 dias. 45% das pessoas ficarão irritadas ou muito irritadas se as entregas atrasarem. 40% das pessoas temem o desconhecido e não saber onde estão os pedidos ou se chegarão atrasados. 29% receiam que os presentes cheguem mais tarde do que o previsto. 20% temem que os presentes não cheguem.
Com ou sem oferta
Apesar das preocupações com a cadeia de suprimentos, muitos consumidores ainda estão dispostos a esperar por ofertas de final de ano nas lojas: 66% das pessoas disseram que participarão da Black Friday; 33% de liquidações pós festas de final de ano; 28% da Amazon Prime Days; e 10% da Cyber Monday.
Quando questionados sobre o que os leva a fazer uma compra, 41% dos entrevistados disseram um ótimo preço; 23% uma oferta de desconto especial (como compre um, leve um grátis); e 15% de disponibilidade imediata e tempo de envio.
O vale-presente continua sendo um dos prediletos este ano: 39% planejam comprar mais produtos de beleza; 34% planejam comprar mais calçados; 34% planejam comprar mais produtos domésticos; 32% planejam comprar mais eletrônicos (40% dos homens disseram que esse é o presente que mais gostariam de receber); 29% planejam comprar mais vales-presente (os vales-presente eram o presente mais desejado entre os Boomers); 27% planejam comprar mais roupas da moda.
Os consumidores parecem menos preocupados com a pandemia, optando por comprar na mais na loja este ano em comparação com 2020: 22% dos consumidores planejam fazer compras principalmente na loja, contra 14% em 2020; 45% planejam fazer compras na loja e online, contra 47% no ano passado; 80% se sentem confortáveis para fazer compras em um ambiente ao ar livre, enquanto 78% se sentem confortáveis para fazer compras em um shopping.