Ao comemorar seu cinquentenário, há três anos, o centro de ensino Cel.Lep decidiu por alavancar a transformação digital com foco no empoderamento dos alunos quanto a formas e momentos de aprendizado. Para isso, mantendo seus pilares de sustentação surgidos desde a fundação em 1967 e mesmo depois de adquirida pelo fundo americano HIG, a empresa vem estabelecendo parcerias com grandes players dos mercados de tecnologia e adquirindo startups para embarcar inteligência artificial, realidade aumentada, ambiente virtual e outros recursos disruptivos em sua metodologia pedagógica. Os detalhes dessa trajetória e do momento atual foram compartilhados, hoje (26), por Alexandre Velilla, CEO do Cel.Lep, ao longo da 273ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.
Salientando, de início, o quanto considera apaixonante trabalhar com educação, o executivo descreveu as características que tornam essa indústria tão envolvente por permitir fazer a diferença na vida das pessoas, o que tem levado a empresa a trabalhar, desde a fundação, com base em três pilares culturais: inovação, excelência operacional e alta qualidade. “E nosso aluno sempre esteve no centro, como parâmetro para atuação a partir desses alicerces. Tanto que, quando chegamos ao ano de 2017, ao comemorar tanto o cinquentenário da organização quanto os cinco anos de aquisição da empresa pelo fundo americano HIG Capital, decidimos construir um planejamento estratégico para os próximos cinquenta anos.” Ao fazer essa análise, Velilla contou que houve a percepção de que as mudanças iniciais teriam de levar em conta os dois pontos de transição mais relevantes no mundo: os novos padrões e hábitos dos consumidores acontecendo paralelamente à significativa transformação digital.
Diante desse quadro, a visão da empresa foi empoderar os alunos sobre onde, quando e como estudar, oferecendo condições tecnológicas para isso. Por outro lado, embarcar ferramentas poderosas para incrementar eficácia de aprendizado dentro da metodologia pedagógica sob nova configuração. “Tradicionalmente, quando pensávamos em educação, logo imaginávamos sala de ensino, com professores, carteiras, mesas, livros, etc., e com alunos recebendo informações de uma forma muito passiva e reativa. O que estamos propondo agora é dar protagonismo aos estudantes, permitindo que se utilizem dos devices tecnológicos e trazendo as ferramentas para dentro da metodologia pedagógica.” Dentre esses novos recursos, estão inteligência artificial, realidade aumentada, ambientes virtuais, sistemas imersivos, gamificados e interativos para levar ao engajamento. Na sua opinião, os sistemas de ensino tendem a avançar, em cinco anos, muito mais do que se conseguiu nos últimos quinhentos.
Ainda dentro dessa linha de projeções, o CEO afirmou que já está em construção todo esse ecossistema de produtos e serviços, no presencial e no virtual, deixando ao aluno as decisões de uso. Entre as parcerias feitas junto a grande players de tecnologia para concretização desse processo de inovação, está o ensino on-line com a americana Voxy – capaz de atualizar conteúdo a cada três dias -, uma exclusiva com a Apple envolvendo, inclusive os gadgets da multinacional, e outra com o Facebook, que tem permitido levar o ensino do inglês técnico e desenvolvimento de aplicativos a cerca de cinco mil jovens carentes no país para ajudá-los na conquista do primeiro emprego. “É inevitável, até o final desta década, o quanto haverá de movimentos disruptivos nos sistemas educacionais de idiomas. Por isso, também estamos empenhados em trazer startups para nos auxiliar na construção dessa diferenciação de metodologia pedagógica. Elas nos ajudam em nossos laboratórios e na efetivação práticas das novas tecnologias interativas e imersivas. Trata-se de um novo ambiente que não só engaja mais como proporciona crescimento exponencial no nível de aprendizado.”
Ampliando os detalhes sobre os meios de alcançar esses objetivos, Velilla alertou que a transformação digital se torna inviável sem que seja precedida e acompanhada de uma mudança de mindset no universo dos colaboradores da empresa. Por isso, garantiu haver no Cel.Lep uma conscientização generalizada para inovar e se adaptar às mudanças com segurança, o que levou a organização a ir ainda mais fundo. Em maio de 2017, adquiriu a Madcode, grupo de escolas de coding, e passou, então, a ofertar três cursos: Inglês, Espanhol e Programação. “Uma de nossas preocupações, antes de ensinar conteúdo técnico, é levar à transformação cultural, exigindo das lideranças forte engajamento nessa bandeira, compreendendo que é um caminho sem volta. Passamos a aceitar com mais naturalidade o erro, mas agindo rápido para retificar o acontecido. Todas as lideranças e corpo docente compraram nossa proposta de transformação imediata e de longo prazo. O que pretendemos entregar em 2023, por exemplo, já estamos trabalhando hoje. Adaptabilidade, flexibilidade e resiliência são os fatores que garantem a adoção de horizontes tão extensos de atuação. Nosso sonho é que as pessoas possam adquirir fluência num segundo idioma, através de sistemas de alta qualidade.”
Funcionando por várias décadas em São Paulo, o Cel.Lep passou a se expandir e, desde 2018, está presente em 10 estados do país, sempre com unidades próprias, optando por não aderir aos sistemas de franquias. Contando hoje com cerca de 30 mil alunos nos mais de 130 centros de ensino, todos já com o ecossistema de novos produtos e serviços nos mundos presencial e virtual. Na sua concepção, independentemente do momento de exceção vivido pela sociedade em função da crise sanitária, o sistema de ensino híbrido é mesmo o mais eficaz. E, entre os detalhes dos incrementos tecnológicos em andamento, o executivo citou o embarque já efetuado de inteligência artificial que permitirá, plenamente a partir do início do próximo ano, o avanço automático de estágios para o aluno nos níveis de aprendizado.
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 272 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas retorna amanhã (27), recebendo Antonio Augusto, diretor de marketing da Localiza, que irá expor a centralidade do cliente no reposicionamento da marca; e, encerrando a semana, o “Sextou” debaterá a relação da tecnologia com a revolução no marketing, com as presenças de Fabiana Schaeffer, cofundadora da Netza e Circle Aceleradora de Martechs, André Fonseca, CEO e cofundador da Bornlogic e Gian Martinez, cofundador e CEO da Winnin.