Proporcionar uma jornada fluida, conveniente e conectada à atual rotina digital é inegociável
Autor: Ricardo Onofre
Dinâmico e desafiador, o cenário corporativo é movido anualmente por rápidas mudanças e inovações. Isto traz inúmeros desafios e oportunidades, que quando combinados com visão de futuro, capacidade de adaptação e utilização eficiente de recursos estratégicos, resultam em sucesso.
Em constante transformação, o e-commerce exige inovação, atenção às preferências e necessidades do consumidor, além de adaptabilidade frente os impactos dos eventos globais. Neste sentido, é fundamental compreender as necessidades e expectativas do público-alvo para se destacar perante a concorrência visceral.
Até agosto deste ano, a Receita Federal registrou 2,8 milhões de novos pequenos negócios, o que reflete uma expansão do empreendedorismo e, sobretudo, da confiança na economia brasileira.
E-commerce 2024: quais foram os ensinamentos?
Sem dúvidas, a principal lição deste ano, consistiu em entender que a experiência de compra é fundamental para gerar rentabilidade para o negócio como um todo, além de reputação e crescimento sustentável. Com isso, proporcionar uma jornada fluida, conveniente e conectada à atual rotina digital é inegociável.
Segundo dados da NIQ, as vendas do e-commerce brasileiro atingiram R$160,3 bilhões, somente no primeiro semestre de 2024. Vale ressaltar que o setor demonstra um impacto ainda maior dos consumidores conectados, que aproveitam a conveniência e a diversidade que o comércio online oferece.
A combinação de uma navegação acessível, processos de pagamento simplificados e uma eficiente gestão de sortimento se tornaram elementos-chave para garantir a satisfação do consumidor em 2024. Em paralelo, o pós-venda ganhou ainda mais destaque, exigindo assim investimento e atenção por parte dos varejistas, justamente por trazer vantagens competitivas, ao passo que funciona como uma vitrine de marketing, capaz de influenciar clientes, potenciais consumidores e concorrentes.
Ainda em alta, a preferência dos consumidores pelos marketplaces também exigiu dos sellers uma análise detalhada de como os públicos agem e o que buscam comprar, a exemplo da Geração Z que demanda um jornada de compra integrada, sem atritos e que envolve entretenimento na jornada.
Vale destacar que o e-commerce cresceu, apenas em dois anos, o que estava previsto até então para dez. Isto demonstra uma expressiva consolidação do setor, a importância de compreender as nuances deste mercado para além dos dados e a habilidade de conhecer e entender os gostos dos consumidores tão bem quanto eles próprios.
O que esperar das compras on-line no Brasil em 2025?
O dinamismo de mercado e a digitalização do Brasil indicam que o e-commerce continuará sendo impactado pela influência das redes sociais como fonte de indicação de produtos, avaliação e recomendação desses itens ao longo de 2025. Isto requer investimento em inovações tecnológicas e disrupção, aliado a um atendimento cada vez mais direcionado de acordo com o perfil do cliente. Social Selling e Live Commerce vêm com tudo.
Moldado por experiências claras, o futuro do e-commerce prevê mais investimento em tecnologias como inteligência artificial, análise preditiva e big data, com o intuito de personalizar a experiência de compra e otimizar a cadeia de suprimentos. Smart Commerce e Data-driven Retail são essenciais nesse contexto.
A digitalização seguirá sendo a força motriz do crescimento do varejo brasileiro nos próximos anos. Neste sentido, o omnichannel permanecerá como estratégia central, juntamente da sustentabilidade, que atrai consumidores conscientes em busca de práticas empresariais sustentáveis.
De acordo com o Relatório de Transformação Digital da América Latina 2024, elaborado pela Atlântico, o e-commerce no Brasil representa 11% das vendas totais no varejo, demonstrando a forte digitalização do consumo no país e inúmeras oportunidades de crescimento pela frente.
Portanto, indústrias e empreendedores precisam se atentar ao avanço do comércio digital e, sobretudo, a adoção de tecnologias já conhecidas, porém que continuam evoluindo em suas aplicações, visando responder às novas demandas dos consumidores por sustentabilidade, personalização e entretenimento atrelado às compras.
Está claro que 2025 será mais um ano onde o e-commerce trará a todos nós, seja como players ou como consumidores, muitas novidades. Mas, dessa vez, não podemos deixar de reconhecer que os impactos tecnológicos, culturais e geracionais marcam uma era de transformação ainda maior do que já vimos até aqui.
Ricardo Onofre é fundador e CEO da Social Digital Commerce.