João Gonçalves Filho
Muito se tem discutido sobre os reais paradigmas de sucesso da empresa em mercados globalizados. Também já existe enfoque em se refletir sobre os chamados ´erros clássicos dos gestores de empresa´. Para o escritor e palestrante Paulo Angelim, “não adianta ficar tentando encontrar desculpas para erros e insucessos. A verdade correta é assumir tudo de frente, reconhecer as culpas e traçar um plano estratégico para evitar que ocorram novamente. Jamais seremos pessoas e empresas de sucesso senão forem mudados hábitos, estratégias, mente em direção ao aperfeiçoamento”.
Em recente trabalho elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Capital Humano, notou-se alguns erros mais comuns, como: iniciantes, pessoais, legais, comerciais, relacionamento humano, estratégicos, e, sobretudo, ausência de liderança em gestores da empresa.
A pesquisa acima relacionada encontrou um lugar comum em identificá-los. Os mesmos ocorrem, com mais freqüência, naqueles gestores de empresas que passaram a dirigir empresas com filosofia equivocada, ou seja, ditar normas ou procedimentos de cima pra baixo, ignorando a relevância da “gestão compartilhada”, o comprometimento dos colaboradores para o sucesso da empresa, o valor imprescindível do capital humano, a centralização de gestão em mãos de poucos, enfim, desconhecimento de uma nova realidade mercadológica.
A Profª Leila Navarro faz uma apreciação sobre tais erros, os quais vamos enfatizá-los e analisá-los. A falta de habilidade interpessoal constitui-se num erro por demais acentuado entre os muitos empresários, quando não coloca o diálogo, troca de informações, senso de equipe para a implementação de projetos da empresa e não os envolvendo nas estratégias de gestão de empresa competitiva da modernidade. A inabilidade do gestor referendado soma-se à delegação de tarefas ou funções administrativas de maneira equivocada, desplanejada. Todos os cargos da empresa são relevantes. Seja a telefonista, que dará a primeira impressão a futuros clientes, seja o diretor da empresa que não sabe conquistar a confiança e liderança dos seus colaboradores.
O que se constata, na prática do dia a dia, é que tais escolhas são feitas, erroneamente, por não somar perfil da função, mas, muitas vezes, por contigências do calor humano, quando da indicação dos mesmos. Para a Profª Leila Navarro, o grande erro nasce da própria indicação do gestor da empresa, que não está perfilado para a função exercida. A sua postura em comportar-se como “dno da empresa” e adotar decisões sob o “calor das emoções” levarão, certamente, a empresa para sua desestabilização interna e externamente.
Ao lado dos equívocos epigrafados, um dos maiores erros dos empresários é abdicar de profissionais mais experientes, capacitados, sob alegativa de “custarem mais”. A grande comprovação, afirma o Prof. João di Simon, “a empresa, certamente, não poderá crescer”. A equipe de colaboradores é peça-chave para a gestão de sucesso da empresa. A grande conclusão comprovada por empresas de excelência é que uma equipe motivada, dando o melhor de si e bem preparada, faz uma grande diferença na produtividade final.
Como reflexão final, a “excelência do seu endomarketing” é fator essencial para a empresa ser competitiva e lucrativa, desde que haja uma linguagem verdadeira e transparente. E conclui o palestrante João Di Simon, “a capacitação da empresa passa pelo treinamento contínuo de todos, gestores e colaboradores, para que todos falem da empresa com a mesma linguagem e identificação. A verdade há de se sobrepor às aparências”.
João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de consórcio. ([email protected])