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Endividamento sobe para 62% em junho



O paulistano está mais endividado, segundo apurou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). De acordo com o estudo, 62% dos paulistano estão endividados, o que significa um aumento de 2 pontos percentuais em relação a maio. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, a alta foi de 5 pontos. A expansão de novos empréstimos e aquisição de crédito para quitar dívidas em atraso estão entre as possíveis causas deste resultado. A PEIC apontou ainda uma discreta melhora no número de inadimplentes (endividados com contas em atraso) que caiu de 43% em maio para 41% em junho. No contraponto anual, houve um aumento de 2 pontos percentuais.


Na segmentação por renda, a pesquisa aponta que o endividamento se agrava entre os consumidores com renda de até 3 salários mínimos, que em junho aumentou 2 pontos percentuais e foi para 67%. Entre aqueles com rendimentos de até 10 salários mínimos, o aumento foi de 5 pontos e atingiu 69%. Já entre os consumidores que ganham acima deste patamar o percentual é de 49%, queda de 4 pontos percentuais em relação ao mês passado. É importante ressaltar que para 46% dos entrevistados, o prazo médio de endividamento, ocorre no período entre 3 meses a 1 ano. O restante divide-se entre os períodos de até 3 meses (25%) e mais de 1 ano (29%). O nível de inadimplência também é maior entre os consumidores que ganham até 3 salários mínimos, atingindo 59% dos entrevistados. Este percentual cai para 39% entre os consumidores com rendimentos de até 10 salários, e para 27% naqueles que recebem acima deste patamar.


A PEIC apontou ainda que 71% dos pesquisados declararam a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso. A intenção de pagamento aumenta de acordo com o nível de renda. Enquanto entre os consumidores com rendimentos de até 3 salários mínimos a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas é de 64%, entre os consumidores com rendimentos superiores a 10 salários mínimos este percentual é de 74%. Já o comprometimento da renda dos consumidores com o pagamento de dívidas, teve em junho queda de 3 pontos percentuais e chegou a 32%. Vale ressaltar que mesmo com a queda, este indicador ainda está em patamar muito elevado. Na análise segmentada por renda, os consumidores com rendimentos de até 3 salários mínimos e de 3 a 10 salários mínimos apresentam resultados idênticos (33%). Na faixa de rendimento acima de 10 salários mínimos, este percentual é de 29%.


Outros dados – Segundo a PEIC, para 35% dos consumidores o atraso é de até 30 dias, enquanto para 26% o atraso é de 30 a 60 dias, e em 15% dos casos ele é de 60 a 90 dias. Para 24% dos entrevistados o atraso é superior a 90 dias. Em relação ao motivo para o atraso das dívidas, a falta de controle financeiro e desemprego empataram com 31% cada.


O cartão de crédito é o grande vilão para 43% dos consumidores, quando a questão é o tipo de dívida mais freqüente. Os carnês vêm logo a seguir com 21%. Do mesmo modo, quando indagado sobre qual tipo de despesa mais afetou suas dívidas atuais, 17% dos consumidores apontaram os gastos com alimentação. Vestuário (16%) e veículos (12%) estão logo a seguir como o tipo de gasto que mais afetou o orçamento do consumidor.


Na segmentação por sexo, as mulheres (62%) estão ligeiramente mais endividadas do que os homens (61%). Em relação à inadimplência, 42% das mulheres estão inadimplentes, contra 41% dos homens. Já na divisão por faixa etária, os consumidores com idade inferior a 35 anos apresentam-se mais endividados (66%) do que os consumidores acima desta idade (55%). E com relação a inadimplência, 40% dos consumidores com idade inferior a 35 anos estão com dívidas em atraso, em contraponto a 44% dos consumidores com idade acima de 35 anos que estão na mesma situação.

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