Nada vale toda a expectativa e preparação de ações para a ocasião, se as lojas online não fizerem um movimento prévio de planejamento e preparo
Autor: Felipe Rodrigues
Em 2024, a Black Friday tem como data oficial o dia 29 de novembro. Porém, tanto os consumidores quanto os varejistas aguardam a ocasião com ansiedade. De acordo com um levantamento feito pela PiniOn, 39% dos consumidores manifestaram o desejo de comprar na data. Uma outra pesquisa, realizada pelo Opinion Box, trouxe um percentual ainda mais elevado, com 55% de intenção de compra por parte dos brasileiros.
A expectativa é de que o número de interessados cresça até novembro, conforme revelou a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, que indicou que 87% dos consumidores brasileiros demonstraram intenção de comprar durante a Black Friday deste ano.
No entanto, de nada vale toda a expectativa e preparação de ações para a ocasião, se as lojas online não fizerem um movimento prévio de planejamento e preparo da estrutura do e-commerce para não perder oportunidades preciosas de vendas durante esse período e, claro, em todos os demais momentos do ano.
Pode parecer absurdo, mas ainda há casos de lojas que perdem vendas e a chance de cativar clientes simplesmente pela falta de estrutura. Leia-se: ausência de investimento em ferramentas de automação, que são fundamentais no mercado atual, em que a competitividade e a disputa por um cliente são altíssimas!
Ter uma plataforma que permita, por exemplo, a automação do marketing da loja online pode auxiliar o e-commerce a aumentar o volume de vendas em até 50%. Ou seja, trata-se de um investimento que efetivamente traz resultados e faz a diferença, especialmente para fomentar as vendas em um evento comercial como a Black Friday.
Ao adicionar essas novas tecnologias à operação da loja online, além de ganhar tempo, o lojista também alcança mais efetividade e assertividade na comunicação, sem deixar de dar a própria identidade e personalidade às mensagens encaminhadas aos clientes nos mais diversos momentos de compra – ou de desistência da aquisição dos produtos desejados.
É claro, essas ferramentas de automação do marketing precisam ser utilizadas de maneira estratégica. Uma situação em que há eficácia na aplicação da tecnologia envolve a recuperação daquele cliente que enche seu carrinho virtual, mas por algum motivo não conclui a compra. Para essas situações, uma boa estratégia é adotar um recuperador de carrinhos abandonados, que permite acionar o cliente por um e-mail cadastrado anteriormente fazendo um lembrete dos itens já separados e até incentivando a conclusão da compra com um cupom de desconto, frete grátis ou outra ação especial.
No caso do cliente que sequer colocou itens no seu carrinho de compras, a indicação é fazer uso de ferramentas que identificam e acompanham automaticamente o fluxo de navegação dos consumidores das lojas online. Essas soluções constatam qual era o item de interesse e iniciam uma jornada de automação de marketing, pela qual os produtos passam a ser sugeridos àquele cliente por e-mail, SMS, whatsapp e outros meios.
Outros resultados interessantes podem ser conquistados com o uso de ferramentas que geram gatilhos para compras e por tecnologias que viabilizam a recompra de produtos de uso recorrente. A primeira apresenta conteúdos customizados ao consumidor, tomando por base seus interesses anteriores. A segunda, por sua vez, estima o tempo médio para o consumo de cada produto, baseado no intervalo de tempo entre as compras de um mesmo item por uma série de clientes, além de algoritmos.
Avalie essas opções e, se possível, implemente-as na rotina do varejo digital. Isso pode trazer ganhos consideráveis e fazer total diferença na performance que o seu e-commerce vai alcançar antes, durante e após a Black Friday. Pense a respeito!
Felipe Rodrigues é especialista em e-commerce, fundador e CEO do Enviou.