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Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Mega

IA e liderança: preservando relações humanas em tempos de mudança

Estar próximo dos clientes e parceiros, entender suas necessidades e construir relações sólidas são atividades que a IA não consegue replicar

Autor: Carlos Eduardo Sedeh 

Estamos vivendo um momento de grandes transformações, onde a inteligência artificial (IA) está redefinindo muitos aspectos do nosso trabalho e vida. Tenho refletido sobre como essas mudanças impactam nossas atividades diárias, especialmente nas vendas. 

É inegável que a IA está substituindo muitas tarefas técnicas. Um relatório da McKinsey Global Institute prevê que a automação e a IA podem substituir até 800 milhões de empregos globalmente até 2030, com uma transição significativa no mercado de trabalho. Processos que hoje demandam horas de trabalho humano serão realizados de maneira mais rápida e eficiente por máquinas, que na competição com o ser humano, levam uma enorme vantagem por conta da sua velocidade e facilidade de aprendizado e execução. Não seremos páreos para a IA. Contudo, há algo que acredito que a IA nunca conseguirá substituir: as relações pessoais. 

No trabalho, tenho me envolvido cada vez mais nas atividades de vendas. Visitar clientes, entender de forma abrangente suas demandas e desafios, são atividades essenciais, que não poderão ser substituídas por scripts automáticos.  

Uma pesquisa da Salesforce revelou que 79% dos clientes consideram a experiência que uma empresa proporciona tão importante quanto seus produtos e serviços. As pessoas precisam de interação, de ser ouvidas e de trocar percepções. No final do dia, todos nós precisamos de um abraço. 

A IA representa uma quebra de paradigmas e desafia as verdades imutáveis que conhecíamos. Está mudando rapidamente como trabalhamos e vivemos. Não se trata de um hype passageiro, mas de um novo estilo de vida que está se consolidando. Ignorar isso seria um grande erro. A PwC prevê que a IA pode contribuir com até 15,7 trilhões de dólares para a economia global até 2030, principalmente por melhorias na produtividade e na automação. 

A IA já está reduzindo custos, simplificando processos e eliminando muitas tarefas rotineiras que exigem intervenção humana. O que está em curso, é o aumento exponencial do seu uso, dado que o AI da próxima geração virá embarcado em celulares, automóveis autônomos, no seu buscador e no sistema operacional do seu computador. 

Não há como frear essa massificação da IA. O cenário provável deve ser o de se buscar regulamentação para evitar os efeitos mais severos desse processo (demissões em massa), uma vez que com a IA será possível alcançar os mesmos resultados, com muito menos pessoas. 

Estar próximo dos clientes e parceiros, entender suas necessidades e construir relações sólidas são atividades que a IA não consegue replicar. A verdadeira essência do trabalho está na empatia, na capacidade de ouvir e na construção de confiança. São esses elementos que continuarão a ser valorizados, mesmo em uma era dominada pela tecnologia. 

Portanto, meu conselho para todos os líderes é simples: estejam preparados para a transformação, mas não se esqueçam do valor insubstituível das relações humanas. Na era da IA, o toque humano será mais valioso do que nunca. 

Carlos Eduardo Sedeh é CEO da Mega.

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