Rodrigo Martucci, CEO da Nação Digital

IA no varejo físico não é mais tendência, mas necessidade

Tecnologia revoluciona o segmento, com experiências personalizadas e ambientes imersivos, trazendo um novo papel para as lojas na jornada do consumidor

Autor: Rodrigo Martucci

O varejo físico tem passado por uma transformação significativa impulsionada pela inteligência artificial (IA), que vem desempenhando um papel crucial na forma como as lojas operam e interagem com os consumidores. Em 2025, os agentes de IA devem se consolidar como protagonistas no setor, com mais de 60% das vendas sendo influenciadas digitalmente, de acordo com dados apresentados na recente NRF. Esse crescimento está sendo impulsionado pela capacidade da IA de personalizar recomendações, agilizar a tomada de decisões e automatizar tarefas essenciais, como a reposição de estoques.

Equipamentos assistidos por IA dentro das lojas são cada vez mais utilizados para otimizar o processo de vendas e proporcionar uma experiência mais eficiente e direcionada aos clientes. Essa tendência está moldando o futuro do varejo físico, permitindo que os vendedores ofereçam um atendimento mais personalizado com base em dados em tempo real sobre o comportamento dos consumidores.

Ao mesmo tempo, o conceito de “slow retail” tem ganhado espaço, mudando o foco da compra em si para a experiência vivida dentro da loja. Com a facilidade do comércio eletrônico, os consumidores estão cada vez mais optando por fazer suas compras online, enquanto as lojas físicas estão se tornando locais de descobertas e experiências.

O “slow retail” valoriza a criação de ambientes onde os clientes podem passar mais tempo, explorando produtos sem pressa, tomando um café ou simplesmente aproveitando a atmosfera. Essa abordagem tem o objetivo de transformar a loja em um espaço convidativo e envolvente, incentivando os clientes a criar uma conexão emocional com a marca.

Dados da NielsenIQ indicam que, em 2024, 73% dos consumidores globais consideram a experiência de compra tão importante quanto a qualidade dos produtos. As lojas que adotam o slow retail estão aproveitando essa mudança no comportamento dos consumidores, que agora buscam por mais do que apenas transações rápidas — eles querem uma experiência completa.

Com a integração de IA e o conceito de slow retail, o futuro do varejo físico está se desenhando como um espaço onde a tecnologia e a experiência humana se complementam. A IA não só oferece a conveniência da personalização e da automação, mas também cria oportunidades para que as lojas físicas se tornem pontos de encontro social e cultural. Dessa forma, as lojas deixam de ser apenas locais de venda e se transformam em hubs de experiência, onde a jornada do cliente é enriquecida por interações significativas e autênticas.

Com a IA gerenciando aspectos como recomendações personalizadas e a reposição automática de estoques, o varejo físico está se tornando mais eficiente e adaptado às necessidades dos consumidores, ao mesmo tempo em que oferece uma experiência diferenciada que atrai os clientes para além das compras online.

Rodrigo Martucci é CEO da Nação Digital, empresa do Grupo FCamara.

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