Inadimplência cresce em maio

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor teve alta de 2,4% em maio, na comparação com abril deste ano. Na variação anual – maio de 2014 contra o mesmo mês de 2013 – o índice registrou crescimento de 0,3%. O acumulado dos primeiros cinco meses de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 1,9%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência de 2,4% em maio/14 (a sétima dentre as oito últimas leituras mensais a partir de out/13) e o avanço de 0,3% frente a maio/13, a primeira alta interanual desde junho/13 – foram onze meses consecutivos de quedas interanuais da inadimplência – sugerem que a inadimplência dos consumidores comece a desenhar uma trajetória de elevação. 
O aumento do custo das dívidas pelas sucessivas elevações das taxas de juros, a manutenção da inflação em patamar elevado, oscilando ao redor do limite superior da margem de tolerância para a meta de inflação e o enfraquecimento da atividade econômica, gerando menor dinamismo no mercado formal de trabalho figuram entre as causas que explicam o comportamento da inadimplência ao longo destes últimos meses, avaliam os economistas.
A inadimplência não bancária (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e as dívidas com os bancos foram as principais responsáveis pela alta do indicador, com variações positivas de 2,0% e 1,9% e contribuições positivas e idênticas de 0,9 p.p.. Os cheques sem fundos também cresceram 7,7% e contribuíram com 0,6 p.p. Os títulos protestados subiram 0,7%, mas apresentaram contribuição nula no índice de maio de 2014.

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Inadimplência cresce em maio

Dados nacionais da Equifax, empresa fornecedora de soluções para gestão de negócios, indicam que no mês de maio foi registrado um volume de 3.125.182 cheques devolvidos, o que significa um aumento de 16% em relação a abril de 2007. Comparado ao mesmo período do ano passado, o número foi 19,76% menor.
“O aumento do volume de cheques devolvidos, registrado em maio deste ano em comparação com o mês anterior é conseqüência da expansão do crédito e do crescimento da quantidade de cheques emitidos”, diz Alcides Leite, coordenador do Centro de Conhecimento Equifax. “Apesar do aumento da inadimplência em relação a abril, esses dados são bastante vantajosos se confrontados com maio do ano passado. Essa redução deve-se a fatores estruturais da economia como a queda da inflação, a melhoria da renda familiar e a redução da taxa de juros”, finaliza o especialista.

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