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Índice de Intenção do Consumidor aponta otimismo

O consumidor paulista mostra em abril uma reversão de humor diante do cenário político nacional, em comparação com a opinião demostrada no mesmo mês do ano passado. Está mais confiante do que em 2002, quando pairava a incerteza diante das expectativas sobre o novo governo. Esta inversão foi o fator que contribuiu para a recuperação em abril do Índice de Intenção do Consumidor (IIC), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP). O IIC ficou 2,50% acima do registrado no mês passado, subindo de 97,85 para 100,3 pontos neste mês. Houve alta também, de 1,51%, em relação ao resultado de abril de 2002.
Este resultado reverte a trajetória de três meses seguidos de queda do IIC. Um ponto a ser discutido na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que usa o índice da Fecomercio SP como referência para a definição da taxa básica de juro. A ata do Copom de março apontou que o desempenho do IIC no mês passado mostrava “deterioração da confiança do consumidor” que, segundo o documento, poderia sugerir “reversão das expectativas otimistas manifestadas após as eleições, face às preocupações com o desemprego, a inflação e a piora do cenário internacional”. Já para este mês, a estimativa da assessoria econômica da Fecomercio SP é de uma avaliação mais positiva por parte do Copom, que poderá resultar na retirada do viés de alta na definição da Selic.
Porém, ainda que mais otimistas, as pessoas entrevistadas apresentaram em abril menor ímpeto para comprar bens que não sejam de primeira necessidade. O porcentual do total de entrevistados que não querem gastar com produtos de maior valor subiu de 48,74% em março para 52,02% em abril. O item que apresentou maior queda no interesse de compra foi o de automóvel, passando de 10,11% no mês passado para 6,47%.
O IIC de abril foi puxado principalmente pelo desempenho do índice de intenções atuais (correspondente a 40% do cálculo total IIC), que ficaram 6,18% acima do resultado do mês passado. Segundo a assessoria econômica da Fecomercio SP, esse quadro se explica porque quase não houve notícia negativa no âmbito interno neste período, que registrou queda na cotação do dólar e certa estabilidade nos índices que medem a variação do custo de vida.
A alta da inflação, inclusive, foi outro fator que contribuiu para o resultado positivo do IIC no mês, revelando queda de 23,5% como ponto de maior preocupação para o consumidor em relação ao mês passado. A alta do desemprego também não se mostrou tão relevante e caiu 14,6% na comparação com março. Entre os fatores prejudiciais apontados pelos entrevistados, o cenário internacional negativo foi o que ganhou maior destaque, por conta da guerra no Iraque. Para os entrevistados na pesquisa, este ponto tornou-se 44,9% mais preocupante do que no mês passado.
O aumento de otimismo em abril foi demonstrado com maior intensidade pelos homens do que pelas mulheres. Entre eles, o resultado do IIC teve alta de 4,69%, enquanto para elas a variação ficou apenas 0,41% maior do que março. Na comparação entre as faixas etárias, as pessoas entre 25 e 34 anos mostraram alta de 20,96% no otimismo.

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