Diogo Corona, CEO da TotalPass

Jornada com foco na saúde física e mental

CEO da TotalPass expõe as estratégias da agregadora de benefícios que miram a saúde integral de colaboradores pensando em bem-estar e produtividade

Por volta de agosto de 2019, o Grupo Bio Ritmo e Smart Fit, em pleno processo de expansão que espalhou academias de várias marcas por mais de uma dezena de países, aproveitou o sucesso para embarcar no mercado B2B. Nascia ali a TotalPass, uma agregadora de centros de treinamento físico oferecidos como benefícios no segmento corporativo. Poucos meses depois, surge a pandemia e o modelo de negócio se transforma, expandindo para um produto integrando saúde física e mental aos colaboradores. Além de um leque crescente de academias, o portfólio da empresa passou a contar com mais de 1,2 mil vídeos, englobando treinamentos e meditação on-line, como respostas às necessidades surgidas pelas consequências do novo modelo de trabalho em home office. Detalhando como a cultura de centralidade no cliente permitiu essa diversificação e de que forma a inteligência de dados auxilia na tomada de decisões, Diogo Corona, CEO da TotalPass, participou, hoje, (18) da 485ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Contando, de início, um pouco dos objetivos da TotalPass, o executivo lembrou que se trata de uma organização focada na saúde integral das pessoas, oferecendo o benefício, hoje, por meio de cerca de 3,5 mil academias no país e mais de 800 vídeos de treinos on-line. As academias e os vídeos se inserem na vertente chamada de Total Fit, por se concentrar nas atividades fitness, existindo ainda a de Total Mind, com mais de 400 vídeos centrados em meditação, além de 5 mil psicólogos na base. Segundo ele, essas são apenas as duas verticais iniciais das várias que a organização espera agregar em sua entrega de cuidados aos colaboradores das empresas.

“Isso é uma manifestação de foco no cliente. Porque aquilo que for sendo demandado para ampliar a entrega será agregado.”

Criada em 2019, sete meses antes da eclosão da pandemia e suas consequências, a TotalPass foi pensada nesse momento apenas em termos de treinos físicos nas academias. Os clientes da agregadora são os usuários finais, as academias e os psicólogos, mas o primeiro deles são as áreas de gestão de pessoas. E era necessário ajudá-las criando benefícios que atendessem às necessidades das pessoas agora trabalhando em suas casas.  Além do que, lembrou Diogo, tratava-se de um momento no qual a expansão dos negócios ficou inviabilizada, tornando fundamental reter os clientes já conquistados. “Em um período em que havíamos conseguido entrar no México, viemos buscando alternativas para os RHs, nossos contratantes, oferecerem aos colaboradores algo que pudesse melhorar a condição mental nessa nova realidade do home office. Aos poucos, nos dois países, fomos conseguindo não só ampliar o portfólio de benefícios como também a carteira de clientes.”

Essa guinada, que afastou a palavra crise da empresa, segundo o CEO, se deve à cultura de transparência e escuta ativa junto ao cliente. “Com um mapa mais preciso possível do território no qual se quer seguir, fica muito mais fácil tomar decisões assertivas.” E ressaltou a dupla relevância que tem a área de gestão de pessoas da própria TotalPass, pois, ao encontrar ideias e soluções para os colaboradores internamente, pode sugerir essas mesmas saídas para as áreas de negócios da empresa. “Da mesma forma, soluções pensadas por outros setores podem tentar vender internamente. Se não conseguirmos aceitação pelo nosso RH, provavelmente será difícil oferecer externamente. Para fazer sentido, tem que contribuir efetivamente para a saúde integral do colaborador.”

Na avaliação do CEO, existem os benefícios que todo funcionário quer, mas os da TotalPass se inserem na categoria de facultativos, ou seja, nem todos desejam se exercitar em academias ou se consultar com psicólogos. Então, um dos esforços é no sentido de demonstrar que há necessidade de conscientizar todos sobre a importância da saúde integral, tornando o produto oferecido um investimento em favor do colaborador e não um custo a mais para o RH. “Essa busca envolve muita análise de dados, vencendo a barreira de como medir os resultados de uma promessa feita em termos de saúde integral das pessoas. Não basta mostrar que determinada porcentagem dos colaboradores está aderindo à academia e/ou ao psicólogo. Nesse sentido, estamos evoluindo nas ferramentas que comprovem o quanto o profissional está entregando melhor, de forma mais motivada e proativa, pelo fato de estar mentalmente bem.”

O executivo acredita que um dos indicadores poderá estar na diminuição dos casos de burnout, uma das consequências mais discutidas neste período de pandemia. Para ele, no momento em que se consegue mensurar o quanto diminuíram esses casos, só isso já é fator de positividade na produção e nos custos do setor. Por tudo isso, Diogo ressaltou que a organização vem fazendo um intenso trabalho nas bases de dados, com inteligência e cruzamento de informações. Na atual fase de transição, com aspectos já de pós-pandemia, a preocupação é aumentar o volume, diversificação e amadurecimento desses dados para conclusões bem embasadas, mirando boas tomadas de decisão.

O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 484 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna amanhã (19), recebendo Juliana Sandano, superintendente executiva do ciclo de vida do cliente do Banco Original;, que falará do Lab que acelera conversões com base na jornada do cliente; e, encerrando a semana, um Sextou sobre as martechs e a força, cada vez maior, dos dados no engajamento, com Miguel Caeiro, diretor-geral da VidMob na América Latina, e Paulo Martins, CEO da Arena.im.

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