A Abemf, Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização, divulgou o balanço anual que aponta faturamento de R$ 7,7 bilhões entre as associadas em 2019, representando crescimento de 11,6% na comparação com o ano anterior. Somente nos últimos três meses do ano (4T19) foram R$ 2,1 bilhões, valor recorde para um único trimestre desde que a associação passou a divulgar sos indicadores de mercado, em 2015.
A quantidade de pontos/milhas emitidos em 2019 somou 308,2 bilhões, número 7,5% maior que o registrado em 2018. Na comparação entre os trimestres, 4T19 com 4T18, o crescimento é ainda maior, 8,9%. A principal fonte de acúmulo de pontos/milhas continua sendo o varejo. Os pontos oriundos dessa modalidade, incluindo aqueles vindos dos bancos, com as compras no cartão de crédito, somaram 88,6% do total acumulado no ano. Os demais, 11,4% foram emitidos em viagens.
Essa realidade é inversa na análise de pontos/milhas resgatados. Ao trocar seu saldo, os participantes seguem dando preferência aos bilhetes aéreos. Em 2019, 77,8% dos pontos/milhas foram para a aquisição de passagens, enquanto 22,2% resultaram em produtos e serviços. No total, foram trocados 265,1 bilhões de pontos/milhas em 2019, 8,2% a mais que a soma do ano anterior.
Para o presidente da Abemf, João Pedro Paro Neto, o mercado de fidelidade no Brasil tem demonstrado, a cada ano, avanços importantes. “Além da evolução desses indicadores, que apontam uma maior utilização dos programas por parte dos clientes, temos assistido à chegada da fidelização em novos mercados e um constante desenvolvimento de tecnologias que permitem uma maior interação entre marcas e consumidores, o que gera aumento do engajamento e possibilita aos programas oferecerem mais e melhores ofertas”, afirma.
Um outro indicador importante é a taxa de breakage, que representa a quantidade de pontos/milhas expirados no período. Em 2019, a média de expiração ficou em 16,8%, uma queda de 1,3 ponto percentual em relação a 2018. Vale ressaltar o valor do último trimestre do ano: 15,2%, 2,2 pontos percentuais abaixo do 3T19 e o menor já registrado pela Abemf. Os cadastros nos programas de fidelidade da associação somavam 147,4 milhões no fim do ano passado. A queda de 2,1% em relação ao fim de 2018, quando havia 150,6 milhões de inscrições, é explicada pela consolidação das bases de duas empresas, uma vez que a Dotz concluiu a compra das operações da Netpoints em 2019.