A categoria de alimentos e bebidas tem se mostrado uma das mais resilientes no atual cenário, mesmo para as pessoas que sofreram impacto negativo na renda mensal: 34% dos brasileiros que perderam renda durante a quarentena aumentaram os gastos com alimentos como frutas, verduras, leites, chocolates, biscoitos e carnes, número que sobe para 37% entre os que tiveram incremento de renda no período. É o que mostra o estudo Tracking Covid-19 – Impacto no consumo de alimentos, produzido pelo C.Lab, laboratório interno de pesquisa da Nestlé Brasil, projeto que começou a ser pensado no início deste ano, mas foi acelerado pelo cenário da pandemia. O levantamento traz o impacto do novo coronavírus na renda dos brasileiros e de que forma repercutiu em gastos como supermercado, educação, mobilidade, entre outros. Realizada em maio, a pesquisa envolveu 593 pessoas de 18 a 45 anos, de todas as regiões do Brasil e todas as classes sociais.
De acordo com Diego Venturelli, head de Consumer & Marketing Insights (CMI), área que coordena o C.Lab na Nestlé, os dados reforçam o grande movimento de consumo dentro do lar e que esse novo comportamento deve se manter mesmo com o fim do confinamento. “Em países no estágio mais avançado da pandemia, é possível identificar que o hábito de cozinhar em casa se manteve”, diz. O levantamento mostra, ainda, que o consumidor tem mesclado produtos de alimentação saudável com indulgência na cesta de compras, o que demonstra um olhar para os benefícios do produto para a saúde e a busca por itens que tragam conforto no atual período sensível. “São os alimentos que ajudam a vencer ou superar a quarentena”, reforça o executivo, que participará, amanhã (20), da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br. A live irá abordar os resultados do estudo, bem como o trabalho do laboratório.
Esse perfil de desembolso tem acompanhado a própria mudança de comportamento do consumidor. No primeiro momento, em meados de março, houve uma maior demanda por compras para estoque em casa de itens tidos como essenciais – leites, cafés, cereais, nutrição infantil, entre outros. No início de abril, o consumidor foi se adaptando e reorganizando a demanda de uma forma mais equilibrada e ampliando a cesta de produtos para outros itens como biscoitos e chocolates.
Novo laboratório de pesquisa
Com o objetivo de entender e atender às novas demandas do consumidor no atual cenário, a Nestlé criou, em abril, o C.Lab, laboratório de pesquisa in house, que trouxe um formato mais ágil e eficaz para levantar e formatar ideias e tendências de consumo. De lá para cá, já foram realizados mais de dez estudos, entre levantamentos sob demanda para as unidades de negócio da companhia, além de cenários de mercado, como é o caso do Tracking Covid-19 – Impacto no consumo de alimentos.
“O laboratório nasceu com o objetivo de aumentar ainda mais a velocidade no tempo da pesquisa, somando a liderança e expertise do time de CMI com o conhecimento das demandas de negócio e atuação em parceria com consultorias de pesquisa especializadas. Com isso, aceleramos a busca pelos insights do consumidor e o direcionamento da estratégia para atuar em um cenário que exige decisões cada vez mais ágeis”, destaca o head.
A área de CMI é responsável pela gestão do C.Lab e atua junto às diversas áreas de negócio da Nestlé para desenvolver estudos sob demanda para lançamentos/desenvolvimento de produtos, além de perfil e tendências do consumidor. “Com o C.Lab, aceleramos o processo de produção de pesquisas em quase 70%, reduzindo os custos em mais de 50%”, completa Venturelli.