Felippe Astrachan, country manager da Avla Brasil

O caminho para inovação em seguros no B2B

Country manager da Avla Brasil conta de que forma a insurtech tem flexibilizado produtos e soluções na indústria de seguros

Criada há 10 anos, no Chile, a Avla chegou ao Brasil, em 2021, trazendo como proposta inovar na indústria de seguros com flexibilidade de produtos e soluções desenhadas de acordo com as necessidades dos clientes. Trabalhando com cerca de dois mil corretores no modelo B2B em três linhas de produtos – seguro garantia, seguro de crédito e P&C –, uma das façanhas da insurtech foi reduzir de 85 para cinco os tipos de coberturas oferecidas nos contratos dentro da linha de seguros empresariais. Isso com uma cultura cliente em que a empresa como um todo participa da escuta ativa, trazendo os feedbacks para tomadas de decisões. Detalhando esse quadro, Felippe Astrachan, country manager da Avla Brasil, participou, hoje (29), da 1059ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Contextualizando o surgimento da Avla, Felippe mencionou que a indústria de seguros já é bem consolidada há muito tempo, mas que os produtos e as soluções evoluíram muito pouco, sendo muito padronizadas, sem acompanhar a evolução do mundo corporativo. “Apesar de ser um mercado que funciona muito bem, o mundo veio mudando e demandando respostas às novas necessidades. Enquanto as empresas continuaram tentando encaixar o seu produto de prateleira na realidade do cliente e não em atender às necessidades efetivamente existentes. Mas, conforme fomos entrando no mercado brasileiro, há três anos, percebemos que nossos clientes, os corretores, nos traziam demandas novas, de coberturas ainda inexistentes para determinados riscos.”

De acordo com o executivo, há um grande volume de tipos de soluções associadas a seguros que o mercado não consegue atender. “É aqui que está nossa oportunidade. Conseguir adaptar nosso produto ou inovar com soluções para chegar àquilo que o cliente precisa. Principalmente no mercado das PMEs, isso tudo é muito latente, não só na área de seguros mas em muitas outras, como em serviços financeiros em geral. Então, incluindo nesse universo os pequenos corretores também carentes de apoio e soluções, temos um grande mercado que praticamente está passando desapercebido.” No entender de Felippe, o problema se estende, em parte, igualmente às grandes empresas com suas demandas não atendidas. “Já temos mais de 30 mil pequenas e médias empresas em nossa carteira, mas nossa capacidade de flexibilizar as soluções vai conquistando também as de grande porte. Ou seja, estamos preparados para atender clientes de todos os tamanhos.”

Falando da importância do corretor, o CEO explicou que ele é fundamental para assessorar a pessoa que está comprando, dada a complexidade que se foi criando no mundo de seguros, pois são tipos de coberturas diferentes, siglas, terminologia técnica, etc., que tornam indispensável a presença desse intermediário especializado. “Portanto, tratamos nossos dois mil corretores como clientes mesmo, com muita proximidade, levando-os a acreditar e confiar nos nossos produtos, tornando-se embaixadores da nossa marca a ponto de nos trazer muitos negócios.” Indagado sobre os diferenciais da Avla, Felippe respondeu que para cada produto e cada linha de negócio, a insurtech tem soluções específicas e inovadoras, citando um exemplo. “Na área de seguros empresariais – em relação a incêndios, roubos, danos, etc, – até hoje, existem 85 tipos de coberturas diferentes que a empresa pode contratar. Então, nós reduzimos isso a cinco tipos de coberturas, sendo a primeira delas chamada de ‘All Risks’ que cobre, de forma automática, qualquer risco que o contrato não omita de forma explícita.”

No desenvolver da live, o executivo ainda explicou que a Avla resolve os problemas com simples ajustes, com tecnologia quando necessário, com melhorias na gestão das apólices, etc., sem limites nem restrições. “Tudo isso dentro de uma cultura em que escutar o cliente de forma recorrente, trazer os feedbacks para dentro da empresa e trabalhar neles faz parte do dia a dia de todas as lideranças e colaboradores.” Ele contou também que 90% das apólices são emitidas digitalmente, mas fazendo questão de frisar que a disrupção nem sempre vem da tecnologia.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1058 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (30), recebendo Andréia Oliveira, COO da Betsul, que abordará a revolução no atendimento ao cliente em casas de apostas; e, encerrando a semana, o Sextou vai debater o tema “Varejo: O que vem de tendências e transformações?”, reunindo Alessandro Gil, VP da Wake, Renato Migliacci, VP de vendas da Adyen Brasil, Mauricio Andrade de Paula, diretor de soluções para bens de consumo, varejo e distribuição da Capgemini Brasil e Caio Camargo, palestrante e especialista em varejo e inovação.

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