Cofundador do Tino mostra como a fintech vem conseguindo solucionar a questão do pagamento à prazo para o pequeno e médio varejo
Enquanto o consumidor vai desfrutando atualmente de vários meios de pagamentos, tudo digitalizado e operando com rapidez, o mercado B2B, notadamente no varejo, ainda está mais de duas décadas atrasado. Os pequenos e médios empreendedores ainda sofrem para obter capital de giro e administrar os boletos para pagar suas contas. Como ficou visível no cenário traçado, hoje (15), na 913ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA, por Luís Eduardo Cascão, cofundador do Tino, fintech criada como resposta a essa necessidade do mercado. Com uso de muita tecnologia e cultura centrada no cliente, ela é capaz de analisar recebíveis de maquininhas, fazer liberação de crédito em até dois minutos, impactando positivamente o varejo, a indústria e o consumidor final.
Iniciando a conversa, Luís chamou atenção para a complexidade que é criar um produto que atenda às necessidades de várias pessoas físicas, ao mesmo tempo, tendo a centralidade do cliente na pessoa jurídica o tempo todo. Essa é a forma em que foi pensada a atuação da Tino, fundada por ele e seu sócio, Pedro Sônego, ambos de famílias empreendedoras. “Eeu cresci nesse meio tentando entender quais as dificuldades de ser um pequeno ou médio empreendedor no Brasil. Além da complexidade toda que há no País, não há até hoje um meio de pagamento pensado para uma jornada do pequeno e médio varejo. Então, o Tino surge nesse contexto, onde o varejista precisa de capital de giro e não tem meio de pagamento para responder a essa realidade. Viemos justamente para fazer essa conexão entre o pequeno e médio varejo e os seus fornecedores, seja uma indústria ou distribuidores.”
Nessa linha, ele refletiu que, enquanto no B2C existem inúmeros meios de pagamentos, que se adequam à realidade do consumidor, exatamente porque a pessoa física está no centro das atenções e iniciativas, no B2B é completamente diferente. Para o executivo, não existe solução de pagamento justamente porque não houve a visão centrada no cliente pensando nessa jornada de compra de ponta a ponta. “Nós estamos vivenciando hoje, em termos de meios de pagamentos no B2B, a mesma realidade do B2C na década de 60 ou 70, que foi quando surgiu o crediário. Estamos lá no passado, quando as indústrias, e não o segmento financeiro, é que tem de dar o crédito ao varejista.”
Estudando essa realidade, o Tino veio oferecer um meio de pagamento pensado para o B2B, do varejo em particular. Isso olhando, por um lado, para as dores da indústria e distribuidores, tendo de ficar avaliando crédito e lutando contra a inadimplência, sem ser uma empresa financeira, e, por outro, as dores do varejista que fica à mercê de um boleto com pouco prazo para pagar. “Conseguimos resolver a questão do capital de giro com uma experiência muito melhor do que o varejista tem hoje. Como uma empresa focada na jornada e na concessão de crédito, conseguimos oferecer mais limite e prazo para o empreendedor pagar o fornecedor. Isso alivia o fluxo de caixa e permite que administre o negócio mais eficientemente, comprando melhor e gerindo os pagamentos. Olhando para a centralidade do cliente, ajudamos em vários outros fatores na jornada de ponta a ponta.”
De acordo com Luís, a experiência do Tino de pagamento dos PMEs do varejo resume-se em três letras, VPC, que significa visibilidade, previsibilidade e controle. Conforme explicou, a visibilidade está no modelo analógico em que se encontra ainda para conseguir conectar os boletos com as datas de pagamento e se organizar; a dificuldade de previsibilidade sobre as datas de pagamentos e o caixa; e a complexidade de controle na compra e venda. “Então, o Tino entra com a digitalização em todos os cenários dessa jornada, conseguindo uma concessão de crédito em dois minutos em uma venda on-line. Criamos uma jornada única, mas que responde especificamente onde esse cliente está transacionando.” Houve tempo para o executivo falar das equipes voltadas para pensar e atender os varejistas e outras dedicadas à indústria e distribuidores, pois, embora seja a mesma jornada de compra e venda, as necessidades são específicas. Falou ainda da transformação digital que acontece hoje no B2B e como o Tino tem ajudando nesse processo.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 912 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (16), com o tema “O desafio profissional diante da evolução da atividade” debatido por indicados ao prêmio Personalidade ClienteSA 2024 – Alessandra Bertramelli Mincov, especialista em CX; Ana Carolina Ribas, head de experiência do cliente da Basf; Giuliano Generali, superintendente executivo de canais digitais do Grupo Bradesco Seguros, Roberto Madureira, diretor de experiência do cliente da Ligga, e Anna Carolina Vidal, diretora de customer experience do iFood; e, encerrando a semana, na sexta outros indicados ao Prêmio ClienteSA 2024 vão debater o tema “O papel do líder na consolidação da cultura cliente” – Alessandra Tosta, head de growth e líder para canais online da SKY Brasil, Danusa Correa, diretora de experiência do cliente do Grupo Energisa, Fabio Bittencourt, diretor de customer service do Grupo Carrefour Brasil, e Alex Rocha, superintendente de gestão do cliente da Seguros Unimed.