Valkiria Garre

O movimento dos clientes com a Covid-19

O que os brasileiros esperam das marcas? Com quase 60% da população escolhendo o isolamento social, uma segunda onda de entrevistas da Kantar para o estudo Barômetro COVID-19 mostra que muitos consumidores querem que as marcas tenham um impacto social maior e já estão migrando seu consumo para o digital – o que exige um preparo das empresas para um e-commerce mais robusto.

Em tempos de crise, os brasileiros esperam que as empresas sejam mais do que funcionais. De acordo com a pesquisa, realizada entre 27 e 31 de março, 28% dos brasileiros querem que as marcas sejam práticas e realistas e ajudem os consumidores no dia a dia (21% na semana anterior). Já 25% deles querem que elas sirvam de exemplo e sejam guias para a mudança (constante nas duas semanas). “Para atingir esses objetivos, é necessário evoluir o propósito de marca para abraçar o impacto humano e social, além de adaptar sua comunicação para essa nova realidade”, afirma Valkiria Garré, CEO de Insights da Kantar Brasil.

Já na presença digital, nota-se que alguns hábitos que estavam se desenvolvendo a passos mais lentos, foram acelerados com esse processo – por necessidade – e devem permanecer e fazer parte do novo normal, como, por exemplo, o uso de podcasts, shopvertising e o e-commerce. Na segunda onda do Barômetro Covid-19, por exemplo, já é possível confirmar o crescimento das compras on-line no período de crise: o número de pessoas que aumentaram compras online subiu de 19% para 34%. Enquanto isso, o de pessoas que diminuíram compras em lojas físicas subiu de 32% para 46%. “Isso demanda que as empresas sejam rápidas na disponibilidade e sortimento em um primeiro momento e, depois, conseguir escalonar a operação e entrega para acompanhar o crescimento de pedidos”, diz Valkiria.

O mesmo estudo mostra que 72% compram on-line para economizar tempo e 71% acreditam que o e-commerce é mais conveniente do que ir a lojas físicas. Muitos brasileiros usaram o período de pandemia para fazer suas primeiras compras online: 17% alimentos e bebidas; 15% remédios sem prescrição médica; 12% cosméticos e produtos de cuidado pessoal; 12% serviços; 8% roupas e acessórios; e 7% eletrônicos.

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