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O novo mindset para modelos flexíveis de produtividade

Segundo painel do Congresso ClienteSA 2022 mostra a importância de preparar as empresas para um ambiente de transformações permanentes

O modelo híbrido vem se consolidando no ambiente de pós-pandemia. A aceleração da adoção das tecnologias de conectividade tem permitido não só uma adoção de modelos flexíveis de produtividade, como também no exercício mais criativo de marketing e comunicação. Para que tudo isso se transforme em produtividade e resultados, no entanto, é fundamental a mudança de mindset, favorecendo a experiência dos consumidores e dos colaboradores. Esses foram pontos em destaque no debate que marcou o segundo painel do Congresso ClienteSA 2022, sob o tema “Empresas flexíveis – O impacto dos novos ambientes de trabalho em um modelo de negócios cada vez mais adaptável a mudanças”. Tendo como facilitador Oliver Kamakura, sócio em gestão de pessoas da EY, o encontro reuniu Lume Numata, gerente de plataformas de negócios digitais, da Basf Agro, Rodrigo Cavalcanti, VP de experiência do aluno da Cogna Educação, Fábio Rabelo, head de digitalização região América do Sul & Business Transformation Office da Volkswagen, e Fábio Formento, head de CX do Neon.

Ao trazer os primeiros insights ao debate, Kamamura – festejando o fato de ser o primeiro evento presencial de que participa no pós-pandemia -, chamou a atenção para os inevitáveis paradoxos atuais, em que há mais dúvidas do que certezas, em um cenário cada vez mais dinâmico e fragmentado. Dividindo a apresentação em contexto, complicadores, pontos de atenção e leitura do desafio atual para empresas flexíveis, o executivo destacou aspectos tais como o envelhecimento das populações, ao mesmo tempo em que se lida com uma multiplicidade de gerações bem distintas. Ele explicou também porque os índices mostram que a produtividade não acompanhou a evolução tecnológica como era esperado e o quanto o conceito de ESG está permeando o planejamento das organizações como um todo. Para o executivo, há muita informação de várias fontes diferentes e externas pressionando internamente as empresas, gerando conceitos que, muitas vezes, não se harmonizam. Como consequência, surge a dificuldade de encontrar o foco correto para cada tomada de decisão, principalmente para adicionar valor às experiências. E esmiuçou essas questões em quadros específicos.

Provocada a falar desse cenário diante do imprevisível que foi a pandemia, Lume Numata explicou como a Basf, notadamente no segmento agro, vem investindo em inovação, tanto do ponto de vista digital quanto no de aceleração de startups. Tanto que, lembrou ela, a vertente do digital ganhou até uma diretoria na organização, demonstrando a preocupação em facilitar a vida do agricultor brasileiro. A melhoria contínua dentro dos processos internos, em favor da experiência tanto do cliente interno quanto do externo tem demandado uma diversidade de skills, com profissionais conectados em squads por projetos, no modelo de trabalho híbrido. E, também, por meio da aceleração de startups – sendo mais de 10 mil o número dessas empresas no segmento hoje no país, segundo a Embrapa -, a preocupação em internalizar visões inovadoras externas no negócio.  “Nossos esforços se concentram não apenas em melhorar continuamente a jornada do agricultor, mas também ajudar no legado que este quer deixar para as novas gerações que vão assumindo os empreendimentos.”

Ao passo que Fábio Formento, ao refletir que o norte da empresa é proporcionar às pessoas desbancarizadas uma possibilidade de melhorarem a vida ao gerirem os seus recursos, disse que o foco é também de tornar mais agradável o dia a dia dos colaboradores. Tomando a decisão de manter integralmente o modelo de home office, a organização tem funcionários operando em qualquer ponto do país. Ao lado do ganho de produtividade, o problema da conexão à distância é superado com uma consistente cultura de videoconferência, sendo que se ganha o tempo que seria gasto nos deslocamentos. “Conquista-se, assim, inclusive, mais qualidade de vida.” Crescendo muito nos cinco anos de existência, a fintech tem a vantagem de ter entre seus clientes os próprios funcionários, sabendo, portanto, como lidar com as dores que conhecem tão bem. Nessa expansão, o executivo assegurou que já são cerca de 40 squads e o único problema que ainda está sendo solucionado é o de como incrementar uma dinâmica de treinamento contínuo nesse trabalho remoto. Modelo que, finalizou ele, exige maior esforço e dedicação das lideranças.

Enquanto Rodrigo, convidado a falar da experiência do aluno nessas transformações, detalhou as diferenças no ensino presencial e à distância. Depois de esboçar o emaranhado de dificuldades para continuar entregando conteúdo durante as oscilações dos movimentos restritivos impostos pela pandemia, o executivo falou das oportunidades que a transição ofereceu. O ensino à distância permitiu à empresa voltar a crescer no patamar de 20% ao ano, com grande aprendizado para oferecimento do ensino síncrono e assíncrono, mantendo o presencial, que se expande em ritmo menor agora. E, por fim, traçou as diferenças de experiência que devem ser oferecidas no modelo de ensino para adolescentes e crianças, considerando indispensável o presencial.

Já Fábio Rabelo, por sua vez, lembrou da complexidade que envolve a indústria automotiva, tendo que se reinventar de forma permanente em função da rápida obsolescência dos veículos. Ou seja, investimentos bilionários são exigidos para a manutenção de uma frota atualizada com produtos tecnologicamente inovadores e com nota máxima em segurança. Mas foram exatamente esses fatores, na sua análise, que permitiram à empresa enfrentar o período de isolamento social surgido com a pandemia. A conectividade já era uma realidade nos sofisticados centros de pesquisa e desenvolvimento da organização, permitindo que um novo modelo de veículo fosse lançado no mercado mesmo com tudo fechado, incluindo as 480 concessionárias em todo o país, graças, por exemplo, à tecnologia da realidade aumentada. Fábio assegura que houve uma tal mudança de mindset, que a guinada definitiva para o modelo híbrido de trabalho foi encarada com muita naturalidade.

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