Chega um momento que toda empresa precisa investir em sua expansão e modernização, mas geralmente não há dinheiro em caixa. Para isso, muitos empresários recorrem ao crédito. Segundo José Valter de Freitas, superintendente de negócios empresariais do Banco do Nordeste, o crescimento pela busca do crédito jurídico também acontece principalmente pelas vantagens oferecidas. “Ele oferece menores taxas do mercado, financiamento de até 100% do investimento para as micro e pequenas empresas, financiamento do capital de giro associado ao investimento, além de taxa de juros e prazos diferenciados”, completa.
Na opinião de Luciano Nakabashi, o crédito jurídico abre novas possibilidades para os empresários, já que você pode fazer um investimento que você não faria se não tivesse o sistema financeiro para fazer essa ponte de “emprestador” para “tomador”. “Se eu quero abrir um negócio e eu não tenho meu capital próprio, com um capital financiado eu posso fazer isso.”
Mas para que haja crescimento nos negócios e facilidade de acesso à essa modalidade, segundo Freitas, um elemento importante é a manutenção na competitividade das linhas de crédito administradas pelo Governo Federal, principalmente com relação aos encargos, prazos e desburocratização do acesso ao crédito. “Além disso, outro fator fundamental para um melhor desempenho das concessões de crédito é o aquecimento da economia, que proporcionará o aumento do faturamento das empresas existentes, consequentemente a necessidade de ampliação dessas, além de motivar o surgimento de novos empreendedores no mercado”, acrescenta o executivo.
Embora esse tipo de crédito seja importantíssimo para o crescimento das empresas, os empresários ainda enfrentam algumas dificuldades no que diz respeito ao planejamento na hora de adquirir esse crédito, segundo Danilo Dupas, coordenador do curso de pós-graduação de gestão financeira corporativa do Unisal. Para ele, as organizações devem reestruturar o negócio e aprimorar esse planejamento. “Há necessidade de gestores com maior conhecimento em gestão financeira nas empresas para mensurar assertivamente os riscos existentes e taxa de retorno dos projetos”, explica.
Do outro lado, Dupas comenta ainda, que o crédito concedido sem análise pode ser perigoso e resultar principalmente na inadimplência da companhia. “O crédito somente é positivo para empresas que possuem planejamento para aplicação em inovações e/ou expansão. Muitos gestores ainda analisam o negócio somente por meio do fluxo de caixa e se esquecem de desenvolver o próprio negócio, provavelmente fruto do cenário atual e/ou despreparo para os desafios e oportunidades no mercado nacional”, comenta.
E na sua opinião, qual o principal motivo do avanço do crédito para pessoa jurídica? Deixe a sua opinião na enquete do portal Portal Crédito e Cobrança.
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