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Open Insurance é apoiado por 80% dos executivos do setor

Pesquisa aponta os impactos do modelo segmentados por categoria de cliente, linha de produto e quais  serão os beneficiados

Os resultados do Open Insurance começarão a ser sentidos mais fortemente a partir de 2024, de acordo com 67% dos executivos do setor de seguros. Além disso, 80% afirmam que transformará estruturalmente esse mercado e 85% acreditam no surgimento de novos produtos, enquanto 82% em novos canais de distribuição. Para 80% dos executivos, haverá uma maior competitividade e disputa pelos clientes, além da entrada de novos players, como as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS). Os dados fazem parte da pesquisa  Análise de Mercado do Open Insurance: Desafios, Oportunidades e Estratégias, conduzida pela Capgemini Brasil, em parceria com o consultor Francisco Galiza, sobre como o mercado está reagindo ao primeiro ano de implementação do novo sistema.

O estudo analisa os desafios encontrados nesta etapa de transição, as principais tendências para os próximos anos e a criação de indicadores que deverão aferir a cada 3 ou 4 meses a evolução do Sistema de Seguros Aberto no Brasil. Entre as principais conclusões do relatório estão a data base de 2024 – para que os efeitos dos avanços promovidos estejam mais perceptíveis -, os produtos com menor complexidade serão os com maiores mudanças – Vida, Auto, Massificados e Previdência -, e que as organizações devem implantar medidas de foco no cliente, processos inteligentes, inovação e ecossistema aberto para não perderem espaço no mercado.  

A sondagem ouviu, entre fevereiro e março deste ano, mais de 60 executivos com altos cargos em seguradoras, grandes corretoras, insurtechs, resseguradoras, entidades representativas, dentre outros agentes do mercado, e construiu um balizador, com análise de mercado e indicadores. “Entre os principais aprendizados detectados está o ano base de 2024, momento em que os avanços e esforços realizados para o Open Insurance estarão maduros. Por isso, torna-se de extrema relevância, que as empresas atualizem suas plataformas tecnológicas e acompanhem os movimentos de mercado desde já, para oferecerem novos produtos e de fato atuarem na omnicanalidade”, afirmou Roberto Ciccone, vice-presidente para serviços financeiros da Capgemini Brasil.

Enquanto o consultor Francisco Galiza explica que a ausência de benchmarks internacionais tem causado insegurança e levantado muitas questões entre executivos e empresas do setor desde o início da implantação do Open Insurance no Brasil, em 2021. “Nosso objetivo é apresentar ao mercado um guia para todos os players, que sane dúvidas e aponte caminhos nessa jornada. Mediremos o nível de aderência ao Open Insurance por meio de indicadores”.

Construído num formato didático de perguntas e respostas, o estudo Open Insurance Brasil Capgemini permeia quatro questões básicas: 1-Open Insurance será realmente importante para o mercado de seguros brasileiro e quando serão sentidos seus efeitos? 2-Quais os principais impactos que se pode esperar do Open Insurance? 3-Quais desafios precisam ser vencidos na nova realidade? 4- Como definir estratégias eficientes para ter sucesso neste novo ambiente?

Impacto do novo sistema
No caso do Open Insurance, as seguradoras, até o momento, não demonstraram interesse pelas SISS, fenômeno bem diferente do que ocorreu com o Open Banking internacional, em que os bancos tradicionais se anteciparam e investiram nestes intermediadores digitais. Segundo a pesquisa, as insurtechs, as fintechs, os bancos e as big techs devem ser as grandes operadoras dessas sociedades.

O estudo aponta que quanto menos complexo for o produto e menor o trabalho de consultoria envolvido na sua comercialização, mais significativo será o impacto do Open Insurance. Desta forma, os clientes pessoas físicas, micro e pequenas empresas sentirão com maior intensidade as mudanças e com potencial de serem amplamente beneficiados. Os ramos de atuação dos seguros, Vida, Auto, Massificados e Previdência, serão os mais impactados segundo os executivos entrevistados.

“Os insights nos mostram as profundas transformações que o mercado de seguros passará nos próximos anos. Com o domínio de seus próprios dados e a chegada de novos players que sabem como utilizar essas informações, o consumidor será o grande beneficiado, com produtos inovadores, personalizados, com custos mais atraentes e que estarão diretamente conectados com o momento de vida deles”, complementou Renata Ramos, líder de seguros da Capgemini Brasil.

Desafios para o mercado
O relatório dedica um capítulo especial para tratar somente dos obstáculos para a democratização do sistema. Foram mapeadas oito grandes dificuldades que devem ser superadas até 2024: “O estudo vem em resposta a uma série de dores que podem atrasar ou impedir que as companhias do setor obtenham êxito ao adotar o Open Insurance. Apontamos medidas para superar essas dificuldades e ajudar na definição de estratégias eficientes nessa jornada”, apontou Gustavo Leança, líder de soluções para seguros da Capgemini Brasil.

O executivo ressalta que o setor precisa evoluir na adoção de novas tecnologias para acompanhar a hiperpersonalização, agilidade no atendimento de consumidores e desenvolvimento de novos produtos, além de armazenamento seguro de dados.  Para Leança, atender aos marcos regulatórios e as novas regras de mercado exigirá um empenho especial de todos que trabalham na cadeia de negócios. “A tecnologia, a nova regulamentação e a evolução do mercado mudaram a dinâmica do segmento. As companhias que estavam em uma zona de conforto precisarão demonstrar resiliência para se adaptarem e permanecerem relevantes para o consumidor”.

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