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Layon Costa, country manager da Clara no Brasil

Oportunidade atrelada à eficiência e qualidade do produto

De repente, dois executivos mexicanos olharam para o mercado financeiro e detectaram uma necessidade óbvia que só estava parcialmente sendo sanada na América Latina: o apoio à gestão dos gastos corporativos por meio de uma plataforma digital prática e eficaz. Foi o suficiente para criação de uma startup que, em apenas oito meses de existência, passaria a valer US$ 1 bilhão, tornando-se um unicórnio em tempo recorde. Trata-se da Clara, que, um ano e meio depois da fundação, no México, teve a inauguração oficial em solo brasileiro, em dezembro de 2021, reunindo já uma centena de clientes no país. Alavancada pelo diferencial de contar com a parceria da Mastercard para oferecimento de cartão corporativo atrelado à experiência da plataforma, a organização quer se expandir por toda a região, alcançando, ainda neste semestre, a Colômbia e, até o final do ano, pelo menos Peru e Chile. Compartilhando os detalhes que explicam o crescimento exponencial da empresa, Layon Costa, country manager da Clara no Brasil, participou, hoje (31), da 415ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Falando inicialmente da trajetória da startup e os motivos que a tornaram um unicórnio mexicano pouco tempo depois da fundação, o executivo ressaltou o intenso trabalho que há por trás disso. Foi crucial, na sua avaliação, a visão empreendedora e a complementação de skills em tecnologia e business dos cofundadores, Gerry Giacomán Colier e Diego Garcia, que trabalharam juntos na empresa Grow Mobility, de aluguel de bicicletas e patinetes. Eles tiveram a visão e a percepção da necessidade que as organizações em geral sentiam de uma plataforma que as ajudasse no gerenciamento de gastos. “De apenas dois fundadores com uma ideia exposta em um Powerpoint  em junho de 2020, seis meses depois já éramos uma bem-sucedida empresa com 20 colaboradores e muitos clientes.” No mês passado, a Clara concluiu uma segunda rodada de financiamento Série B equivalente a US﹩70 milhões, aproximadamente R﹩400 milhões, liderada pela Coatue, que se somaram aos US$ 30 milhões da primeira, liderada pela DST Global Partners e fundos como General Catalyst e Monashee. Com esse novo aumento de capital e apenas oito meses após o início das operações no México, a empresa atingiu o valuation de um bilhão de dólares.

Layon destacou que, antes mesmo da criação da startup, já havia a ideia de vir rapidamente para o Brasil, razão pela qual ele foi convidado, já no final de 2020, para ajudar na concretização desse plano. O primeiro investimento foi conquistado logo dois meses depois do início das atividades, assegurou ele, devido ao grau de aceitação da ideia e da performance de cunho prático da plataforma tecnológica. A vinda ao Brasil se insere em um projeto de alcançar toda a América Latina, o que começou a se materializar com um contrato feito junto à Mastercard para oferecimento de cartões corporativos em toda região. Quando surgiu a segunda rodada de investimentos, a Clara já reunia mais de mil clientes em sua carteira. Acreditando que o gap em relação a uma plataforma digital de controle de gastos organizacionais se dê em toda a América Latina, o planejamento, desde o começo, foi o de avançar paulatinamente na região. Por isso, até o final deste ano, além do lançamento oficial na Colômbia, a empresa já espera estar a todo vapor pelo menos no Chile e no Peru.  

Além do senso de oportunidade ao detectar uma lacuna no apoio à gestão de custos das empresas em geral, o country manager atribui o crescimento vertiginoso também ao tipo de equipe formada para turbinar o negócio. São talentos escolhidos tanto do mundo das startups quanto das mais tradicionais no segmento financeiro, todos com visão de intrapreneurs.

“Do lado do cliente, o começo da Clara evidencia bem o quanto faz a diferença se descortinar uma necessidade óbvia, uma dor, e supri-la com eficiência e qualidade. Não há a pretensão de operar como um banco completo, mas sim trabalhar bem em um aspecto das inúmeras verticais de operação financeira dentro das organizações, que é o de gerir despesas, e ofertar um cartão corporativo muito focado na experiência específica do usuário. É melhor começar fazendo uma ou duas coisas muito bem do que tentar realizar tudo ao mesmo tempo.”

Instado a detalhar quais os inputs que embasaram uma arrancada tão bem-sucedida para uma fintech no mercado B2B, Layon explicou que foram colhidos pelos próprios cofundadores, que, conversando nos vários mercados, perceberam as dores dos profissionais da área financeira das empresas em gerenciar despesas e os gastos com cartões corporativos. Enquanto ele, prospectando no Brasil percebeu a mesma lacuna a ser preenchida com uma solução que facilitasse a vida dos profissionais desse setor. O executivo diz que tem ajudado muito, agora, o feedback dos próprios usuários, para o processo de melhoria contínua da plataforma, que tem em sua carteira organizações de todos os portes, incluindo outras startups. E destacou também a importância de desenvolver jornadas dos clientes que levam em conta os sentimentos e percepções em cada ponto de interação.

O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 414 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (01), com a presença de Mario Bortolato, director na BTG Pactual digital, que falará da CX comandado a cultura customer centric; na quarta, será a vez de Rodrigo Cavalcanti, vice-presidente de experiência do aluno da Kroton; na quinta, Paulo Fernandes, diretor de vendas do Kwai para Américas; e, encerrando a semana, o Sextou trará o debate sobre o tema da inovação e cultura cliente no agronegócio, tendo convidados  Ivan Moreno, CEO da Orbia, Marcos Mazza, consultor da MZ Mazza e Paulo Humaitá, fundador e CEO da Bluefields.

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