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Renan Salinas, CEO & Founder da Yank Solutions

Qual é o futuro da robotização de processos corporativos?

O futuro da automação passa pela automação cognitiva, que é como dar “inteligência” aos robôs

Autor: Renan Salinas

Se tem uma coisa que está mudando a forma como as empresas operam, é a robotização de processos corporativos, ou RPA (Robotic Process Automation). Essa tecnologia não é apenas uma moda passageira; ela está reescrevendo as regras do jogo nos negócios. A promessa é clara: mais eficiência, menos erros, e uma redução significativa nos custos operacionais. Mas o que realmente está por vir? Como a automação está moldando o futuro das empresas?

Primeiramente, precisamos entender que quando a robotização começou, o foco estava nas tarefas simples e repetitivas, como digitar dados ou gerar relatórios. Essas atividades, que consomem tempo e são suscetíveis a erros humanos, foram rapidamente assumidas por robôs digitais, programados para fazer exatamente aquilo que lhes foi ensinado, sem desvios. E funcionou muito bem.

Mas o que estamos vendo agora é um salto para algo ainda maior: a integração da Inteligência Artificial com a RPA. Estamos falando de robôs que não apenas seguem instruções, mas que aprendem e se adaptam com base nos dados que processam. Imagine sistemas que não só realizam tarefas repetitivas, mas que também tomam decisões baseadas em padrões e insights que antes passavam despercebidos. A automação está se tornando dinâmica, muito mais inteligente, e vai muito além do que imaginávamos.

Um estudo internacional denominado “OTRS Spotlight: IT Service Management 2023”, mostra que o mercado brasileiro tem uma considerável vantagem na automação de processos frente a alguns países. Por aqui 52% das empresas já adquiriram as ferramentas necessárias e tem experiência em usá-las, em comparação com 28% de todos os outros mercados pesquisados pelo estudo. Outras 26% das empresas brasileiras já investiram em sistemas, mas ainda não possuem o conhecimento necessário para usá-los. 

Automação cognitiva: o próximo passo

O futuro da automação passa pela automação cognitiva, que é como dar “inteligência” aos robôs. Isso significa integrar tecnologias como processamento de linguagem natural, reconhecimento de imagem e análise semântica. Na prática, é o que permite que robôs façam coisas mais complexas, como entender o que você diz em uma conversa, analisar documentos não estruturados, ou até mesmo tomar decisões em processos críticos.

Por exemplo, imagine um sistema financeiro que não só revisa contratos, mas identifica riscos e sugere correções. Isso não só acelera o processo, mas também aumenta a precisão, evitando falhas que poderiam custar caro. A automação cognitiva está levando a robotização a um novo nível, onde as máquinas não apenas executam, mas pensam e agem com base em um entendimento profundo dos dados.

Impacto na força de trabalho

Uma das grandes discussões em torno da automação é o impacto no emprego. Sim, a automação vai eliminar muitas das funções tradicionais, principalmente aquelas rotineiras e repetitivas. Mas isso também abre espaço para novas oportunidades e funções que envolvem a supervisão e melhoria dos processos automatizados. O trabalho humano vai mudar, se tornar mais estratégico, focado na análise, criação e supervisão.

O futuro da automação não é sobre substituir o ser humano, mas sobre transformar o que fazemos. Funções que exigem empatia, pensamento crítico e criatividade continuarão sendo de extrema importância. As empresas que entenderem essa transição e investirem na requalificação de seus funcionários terão uma vantagem competitiva gigantesca.

Claro, nem tudo são flores. Com o aumento da dependência da automação, surgem também desafios importantes. A governança da automação, questões éticas no uso da IA e a privacidade dos dados são temas que precisam ser levados a sério. Não podemos ignorar os riscos de falhas sistêmicas ou decisões automatizadas que podem ter impactos imprevistos.

A segurança cibernética também é um ponto crítico. Sistemas automatizados precisam ser protegidos contra ataques que possam comprometer dados sensíveis e a continuidade das operações. Por isso, é fundamental que as empresas desenvolvam políticas sólidas para governar o uso da automação, garantindo transparência, segurança e conformidade com as normas.

Investir em automação é investir em um futuro mais eficiente, seguro e sustentável. É sobre reinventar a forma como trabalhamos, aumentando o potencial humano ao mesmo tempo que tiramos o melhor da tecnologia. Em um mundo cada vez mais dinâmico e imprevisível, a robotização não é apenas uma ferramenta, mas um caminho indispensável para o sucesso.

Renan Salinas é CEO e founder da Yank Solutions.

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