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Marcelo Pepice, redator e estrategista de conteúdo da Moky Digital, unidade de negócio da Netza&CO

Redatores e inteligência artificial: uma relação de medo e superação

Com a IA, ficou muito mais fácil organizar o trabalho e os processos internos com o time de criação, além de elevar a consciência criativa para um outro patamar

Autor: Marcelo Pepice

Este texto não foi produzido por uma inteligência artificial. Mas facilmente poderia.

Todo profissional de comunicação especializado em produção de conteúdo sempre teve que aliar criatividade e produtividade na ordem do dia do seu trabalho. Eu não preciso nem explicar para esse grupo como esse processo cansa, gera insegurança e, muitas vezes, é cobrado que a gente pense fora da caixa para gerar soluções.

Sou de uma geração que acreditava que trabalhar com redação para web era um processo exclusivamente artesanal, que envolvia muita pesquisa, revisão e horas na frente do computador produzindo uma determinada quantidade de conteúdo. Quanto maior o volume de entregas, maior o tempo gasto de trabalho. Mais tempo trabalhando, mais custo. E assim vai.

O tempo foi passando e eis que nos deparamos com um cenário em que as inteligências artificiais auxiliam em uma parte considerável do nosso trabalho. É a equação perfeita, né?
Menos tempo para produzir = Mais entregas = Mais ganhos.

Se você não entrar nessa onda, com certeza vai ficar para trás. Essa e outras mensagens não vão parar de chegar na sua timeline. “Seu emprego vai acabar”, “A máquina vai fazer muito melhor do que você”, “A inovação tá aí, você tá acompanhando?”

E nessas idas e vindas da inovação tecnológica, a gente acaba se deparando com um grande inimigo: o nosso preconceito. Muitas vezes eu pensei que podia deixar de lado o uso de IA para fazer meu trabalho, afinal, eu passei muitos anos estudando para exercer a minha profissão, como assim uma máquina vai vir e tomar meu lugar do dia para a noite? Se eu fosse usar, seria mais como uma assistente, para momentos pontuais.

Pensar dessa forma, em certo momento, limitou a minha visão sobre como novas ferramentas de inteligência artificial podem otimizar o meu trabalho. Percebi que, através delas, eu não precisaria deixar de lado meus atributos de escrever textos que valorizem as estratégias digitais, o posicionamento e a conexão entre público, conteúdos e marcas.

Pelo contrário, desde que comecei a usá-las, ficou muito mais fácil organizar o meu trabalho, processos internos com o time de criação, além de elevar a minha consciência criativa para um outro patamar. A máquina me ajuda, mas eu estou no controle.

Deixar o preconceito tomar conta do meu modo de trabalhar foi um erro, até porque enfrentar as mudanças profissionais em um mundo que se atualiza a todo instante é realmente difícil.

Mas a grande verdade é que os profissionais de conteúdo não vão acabar. Eles serão ainda mais necessários, porém, com novas responsabilidades. A principal delas, a meu ver, será a alimentação dessas ferramentas de inteligência artificial. Dessa forma, o nosso principal diferencial será exaltado: criar conteúdo de qualidade.

Em resumo, eu acredito que o preconceito ainda pode ser o inimigo de muitas inovações. Deixar esse sentimento de lado é um processo que reflete diretamente nas mudanças pessoais e profissionais que nos permitimos.

E foi refletindo sobre esses novos desafios que eu hoje me encontro de mãos dadas com a inovação. Não foi fácil, não é fácil, mas é absolutamente necessário para todos.

Marcelo Pepice é redator e estrategista de conteúdo da Moky Digital, unidade de negócio da Netza&CO.

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