Maria Isabel Noronha, VP de atendimento ao cliente da Adyen Latam

Redes sociais influenciam consumo, com millennials liderando tendência

Pesquisa da Adyen mostra também que agilidade (63%), conveniência (51%) e personalização (36%) impulsionam o comportamento de compra digital

As redes sociais se tornaram um fator decisivo na jornada de compra digital. Mais da metade (52%) dos consumidores afirmam que suas escolhas são diretamente influenciadas por plataformas como Instagram e TikTok. Entre os millennials (de 27 a 42 anos), o impacto é ainda maior (62%). Os dados são do Adyen Index – Digital Report 2024.

Além de moldar o comportamento de compra, o ambiente digital conquistou protagonismo entre os consumidores por proporcionar ganho de tempo (63%), conveniência (51%) e ofertas personalizadas (36%). Apesar da praticidade para os consumidores, os varejistas enfrentam desafios para garantir experiências personalizadas, ágeis e escaláveis no online, principalmente em momentos de maior volume de compras, como nos últimos meses do ano.

Segundo a pesquisa, 50% dos varejistas apontam que a atualização constante da oferta de produtos é um dos maiores desafios no comércio digital, assim como engajar clientes que visitam o site apenas ocasionalmente (43%), atender rapidamente às novas tendências de consumo (31%) e personalizar experiências em grande escala (30%). Além disso, 38% afirmam encontrar obstáculos em oferecer diferentes métodos de pagamento. Um fator crítico, dado que 40% dos consumidores desistem de uma compra se não puderem pagar da maneira que desejam. “O fluxo de compra está cada vez mais dinâmico. Logo, o varejista precisa estar preparado para suprir as expectativas dos consumidores independentemente do grau de relacionamento pré-estabelecido”, afirma Maria Isabel Noronha, vice-presidente de relacionamento com o cliente da Adyen América Latina.

A pesquisa também revelou que 59% dos consumidores afirmaram que permaneceriam fiéis às marcas que oferecem descontos personalizados. Porém, fatores econômicos, como inflação (23%) e exigências regulatórias (17%) dificultam a oferta de experiências personalizadas por parte dos varejistas. “A busca pela eficiência se tornou uma realidade para as empresas. Porém, oferecer boas experiências, sejam elas durante ou após momentos de maior demanda, depende em grande parte de fazer o básico com excelência. O uso de dados é um recurso valioso nesse sentido, pois permite compreender e antecipar comportamentos de compra e tornar esse processo mais atrativo”, acrescenta Maria Isabel.

Nesse contexto, 90% dos varejistas acreditam que dados de pagamentos os ajudam a compreender quais métodos de pagamento devem oferecer aos clientes. Essas informações também são usadas internamente pelas empresas para aumentar o crescimento operacional, (89%), e para compreender o comportamento dos clientes (54%).

No total, 34.371 adultos foram entrevistados na Austrália, Hong Kong, Índia, Japão, Malásia, Singapura, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Brasil, México, Canadá e Estados Unidos. A pesquisa também ouviu 8.822 comerciantes digitais na Austrália, Hong Kong, China, Japão, Malásia, Singapura, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Suécia, EAU, Reino Unido, Brasil, México, Canadá e Estados Unidos. No Brasil, o estudo contou com a participação de 2 mil consumidores e 400 empresas digitais.

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