Pesquisa da Akamai mostra que, com o avanço das novas tecnologias nessa indústria, a segurança digital se transforma em um diferencial para a experiência positiva dos correntistas
Quando perguntados sobre o motivo de um banco ser o seu de uso principal, 21% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo de escolha é o fato de ele contar com boas práticas de segurança. Ainda, para quase metade dos entrevistados, a principal característica que um banco principal deve ter é a segurança, enquanto 47% afirmaram que ser seguro e confiável são as melhores características do seu banco principal. Os dados constam de encomendada pela Akamai Technologies, empresa de nuvem e cibersegurança, em parceria com a Cantarino Brasileiro, pelo sexto ano consecutivo, para entender os hábitos e experiências dos clientes dos bancos em todo o território nacional.
“Nos últimos anos, os bancos brasileiros e o setor como um todo vêm experimentando mudanças relevantes devido à transformação digital. Esse movimento impacta milhões de brasileiros e aumenta a preocupação com a segurança bancária na vida dos usuários. A rápida digitalização dos bancos tradicionais e o surgimento das fintechs trouxeram novos desafios para a cibersegurança desse setor, e isso reflete nas percepções dos consumidores. Bancos e segurança sempre andaram lado a lado. Entretanto, os dados mostram que, com o avanço das novas tecnologias nessa indústria, a segurança digital se transforma cada vez mais em um pilar para uma experiência positiva dos correntistas com as instituições financeiras”, comentou Claudio Baumann, diretor geral da Akamai Technologies para América Latina.
Segurança nos canais digitais
A pesquisa da Akamai também revelou algumas experiências negativas que os consumidores já tiveram com os bancos. Ao responderem se já haviam sofrido algum tipo de fraude relacionada a transações financeiras, 28% dos entrevistados afirmaram já ter enfrentado essa situação. Em relação ao tipo de fraude sofrida, mais da metade corresponde à clonagem de cartões (52%), enquanto vazamento e utilização indevida de dados também aparece de forma significativa (34%).
Indo mais além, o estudo identificou alguns hábitos e atitudes adotados pelos consumidores para se manterem seguros ao usar canais digitais dos bancos. Adoção de biometria ou reconhecimento facial é utilizada por 81% dos participantes, enquanto a autenticação de dois fatores chega a 76%. Entre os entrevistados que já souberam de algum vazamento de dados, mais da metade (53%) respondeu que mantiveram a sua conta após a notícia e adotaram procedimentos de segurança.
Adesão ao Open Finance
Os dados obtidos pelo no estudo mostraram que a segurança também é uma questão relevante quando o assunto é o Open Banking ou Open Finance. A pesquisa encomendada pela Akamai ilustrou os sentimentos mistos em relação ao Open Finance, com destaque para o fato de que, para 29% dos clientes, a facilidade mais esperada em relação a esse modelo é mais segurança em suas transações.
Ainda assim, mais da metade (58%) dos clientes permitiriam o compartilhamento de suas informações financeiras pelo seu banco com outras empresas, com consentimento, para que pudessem fazer aplicações, financiamentos e outras operações em outras instituições sem ter que abrir conta nelas e usando apenas aplicativos.
Baumann finaliza apontando que “49% dos respondentes não conhecem ou têm poucas informações sobre o serviço de Open Finance ou Open Banking. Para os bancos, isso traduz o potencial de crescimento desses serviços no país em um futuro próximo, ao mesmo tempo que ilustra os desafios envolvidos na implementação e adoção dessa ferramenta. Será importante educar a sociedade, explicando o que é e quais os benefícios do compartilhamento de informações, ressaltando que ele é seguro para todos”.