Paulo Gaspar, gerente executivo comercial e de trade marketing da Penalty

Tecnologia e inovação na conquista dos fãs de esportes

Executivo da Penalty descreve as estratégias que mantém a multinacional brasileira nos caminhos da expansão

Com o recorde de faturamento alcançado, no ano passado, mesmo em um período de pós-pandemia, o Grupo Cambuci, dono das marcas Penalty e Stadium, vem mostrando de que forma enfrentar os gigantes internacionais do segmento. A multinacional brasileira que atua em 19 países vendendo material esportivo combina três estratégias básicas para sustentar a experiência do cliente: manter-se nas cinco vertentes do negócio, que são calçados, bolas, confecções, meias e equipamentos; reforçar o DNA de tecnologia e qualidade; e a ênfase à rede de varejo físico, mesmo a despeito dos avanços digitais. Com isso,  a companhia vai conquistando recorrência e fidelização, apoiada por um marketing bem direcionado e ações certeiras nas mídias sociais. Expondo os detalhes desse quadro, Paulo Gaspar, gerente executivo comercial e de trade marketing da Penalty, foi o convidado, hoje (19), da 686ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Ao iniciar com um resumo da trajetória que transformou a pequena indústria familiar criada em 1945, no bairro do Cambuci, na capital paulista, dando surgimento à futura malharia Cambuci S/A, Paulo explicou como tudo fez desembocar na criação, 25 anos depois, da Penalty, uma das marcas esportivas do grupo e que ganhou alcance mundial. Hoje, com duas plantas produtivas no Nordeste e um centro de desenvolvimento com showroom estratégico na cidade de São Roque (SP), a multinacional brasileira disputa mercado com os grandes players globais, com destaque para a produção de bolas para todos os tipos de esportes.

“Estou há mais de 26 anos atuando nesse segmento e posso garantir que nossos materiais esportivos, notadamente a bola de futebol e demais, podem ser considerados mesmo um orgulho nacional. A Penalty conseguiu criar uma cultura e desenvolvimento focado em tecnologia, inovação e qualidade, transformando a bola em um ícone que torna o Brasil uma referência global nesse produto.”

O executivo assegura que isso possibilitou tornar a empresa como a maior produtora de bolas do mundo, não existindo concorrente que produza esse tipo de material para todas as modalidades, citando como exemplo biribol, futevôlei, entre outros. Quando indagado sobre os motivos que levaram o Grupo a registrar um recorde de faturamento com suas marcas esportivas no ano passado, o executivo reforçou tratar-se do coroamento da coerência em se manter dentro do DNA de excelência nos produtos. Segundo ele, mesmo quando instado pelos parceiros para diminuir requintes de qualidade em alguns dos aspectos para gerar, eventualmente, preços ainda mais competitivos, a resposta é sempre negativa. Em segundo lugar, atribui à construção de imagem proporcionada por estratégias acertadas de marketing e patrocínios. E, por fim, à decisão de, a partir de 2019, estabelecer uma reestruturação comercial por meio de escritórios de representação. “Com isso, aumentamos nosso contingente de agentes de vendas no front, gerando representantes fortes e bem remunerados para robustecer e solidificar o âmbito comercial da companhia.”

Na sequência, o gerente pontuou que o universo do varejo presencial continua com a relevância de sempre no setor, assim como o ecossistema de distribuição, mesmo com todos os avanços da digitalização do consumidor que levaram às mudanças inevitáveis no relacionamento. Ainda mais na oferta de um produto esportivo com tecnologia embasando os conceitos de uso, performance e durabilidade, o executivo destacou que são justamente esses fatores que provocam a recorrência no consumo. Na sua concepção, é na percepção da vantajosa relação custo-benefício que o consumidor pode ser fidelizado. Depois de esmiuçar alguns de recursos mercadológicos adotados para enfrentar a potencialidade dos vultosos investimentos em marketing dos gigantes internacionais do segmento, Paulo expôs a forma como o público-alvo é impactado também via redes sociais e detalhou as estratégias da multicanalidade para empoderar o cliente, o modelo figital, entre muitos outros temas levantados pelo público.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 685 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerra a semana amanhã (20), debatendo o tema “Telemarketing: O que muda com a adoção do Stir Skaken no Brasil?”, com os convidados Carlos Baigorri, presidente da Anatel e Cláudio Tartarini, assessor jurídico da ABT e sócio da Souza Neto e Tartarini Advogados. E, para a próxima semana, a agenda já tem confirmadas as presenças de Sandro Malimpensa, diretor de Direct to Consumer da Bauducco, Vivian Ramirez, head de marketing da Xandô, Michael Bernstein, CTO da Clicksign, e Gabriela Monteiro, head de CX na Nomo.

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