Diante da realidade do setor de agronegócios no Brasil, das expectativas de alguns líderes empresariais e o real potencial de crescimento do setor, o 3º painel do XII Encontro com Presidentes da ClienteSA, teve como tema central do debate o aumento da produtividade no Brasil. Na visão de Antonio Castilho, presidente da Elavon, há uma luz para o crescimento e tudo é uma questão de oportunidade. “O Brasil é potencial para crescer, e quem vai investir, tem que investir aqui, porque a terra é uma tecnologia que não se transfere”, opina. Para João Cox, sócio da Cox Investiments & Advisory, nenhum outro setor tem a disponibilidade de tecnologia como esse. “Essa tecnologia permeia não só o agricultor, mas nem a indústria ou nenhum outro setor da economia brasileira conseguiram fazê-la de forma tão grande como na agricultura”, diz.
Durante o debate, o moderador Antonio Cruz, presidente da Graber, abordou o papel da política pública em outras áreas. “Será que é estimulado o crescimento tanto na agricultura, como em outros segmentos?”, questionou. Na visão de Roberto Rogrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, embaixador especial da FAO e ex-ministro da agricultura, há políticas sim, o que não existem é estratégias. “Eu penso que a grande saída são os acordos bilateriais”, afirma. Já para Cleber Morais, isso afeta várias áreas em seu segmento. “No nosso negócio, isso vai desde a parte trabalhista, como a operação fora do Brasil, mas há empecilhos para uma política global também”, afirma Cleber Morais, presidente da Bematech.
Nessa discussão, André Marques, country manager da Englishtown Brasil, acredita que para crescer, é preciso de pessoas preparadas para pensar estrategicamente, mas isso depende, inicialmente, de investimento em educação. “O Brasil foca muito em educação superior, mas isso deve ser desde o básico. As pessoas bem preparadas vão para todas as indústrias, por isso é preciso mais planejamento e estratégia”, afirma.