A corrida pelo nome limpo

Seja pela pressão que a crise econômica trouxe ou pela maior consciência de gastos e consumo, é fato que neste primeiro semestre de 2015 pode ser observado um aumento na busca de renegociação de dívidas. Entretanto, também é possível perceber o crescimento nos índices de inadimplência e desemprego. Dessa forma, quem pode – ou pelo menos acredita ter condições – quitar as dívidas agora, está correndo atrás de fazê-lo. Assim, por mais que a boa nova na procura por renegociação seja algo a ser comemorado, é preciso que as recuperadoras de cobrança tenham cautela, principalmente por estes dois últimos fatores citados. “É preciso pensar que, daqui para frente, o consumidor que perdeu o emprego comprometeu sua sobra de renda com as tarifas que aumentaram. Com isso, ficou mais complicado fazer uma renegociação”, pontua Emilio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Dessa forma, é preciso estratégia para renegociar com o consumidor, tanto de comunicação, quanto de calendário. Conforme pode se observar, o segundo semestre é onde o devedor que ainda possui sua carteira assinada pode pegar as parcelas de 13º. Além disso, buscando pacotes de férias mais em conta, muitos trabalhadores acabam tirando uma folga nesse meio de ano e, consequentemente, recebem um extra. “Então, ainda dá tempo de recuperar. Há, claro, o aumento do desemprego, porém mais de 90% das pessoas estão empregadas. É claro que essa pequena parcela que está desempregada já está impactando – e esperamos que não aumente”, apresenta Alfieri.
Para o executivo, os consumidores estão mais conscientes de que os ciclos de prosperidade não são para sempre. Além disso, é mais difícil tomar crédito hoje em dia, ainda mais com o nome sujo. E como o crédito está restrito, a melhor alternativa apresentada é tentar renegociar. Oportunidade para os consumidores e recuperadoras.

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