Não bastasse já ter que lidar com um índice relativamente alto de turn-over, o setor de cobrança com a crise está tendo que lidar com mais um desafio que é o fantasma da demissão. Afinal, todos os gestores sabem o alto custo de demitir um funcionário – ainda mais em tempos de recessão. Assim, uma medida importante e preventiva é trabalhar junto com o setor de RH, principalmente na hora da contratação, a fim de traçar um perfil de colaborador a ser buscado no processo de recrutamento. Também deve ser observado se o candidato possui real interesse na vaga oferecida, bem como se o futuro colaborador possui os mesmo valores que a cultura organizacional da recuperadora, de acordo com Emilio “Pitico” Vieira Neto, diretor e sócio da Cobrev.
Já dentro desse trabalho, o outro desafio é encontrar profissionais capacitados. “A área de recrutamento e seleção é de extrema importância, pois além de selecionar uma pessoa para um cargo, verifica se a mesma se adapta a cultura organizacional, o que é relevante para as empresas terceirizadas que possuem metas cada vez mais de superação contratada pelos fornecedores de ativos inadimplentes”, aponta Pitico. Ainda mais que em tempos de dinamismos do mercado nacional e a necessidade de obtenção de resultados é fundamental acertar na contratação.
Este investimento simples e possível de ser realizado diante do momento de recessão em que a economia se encontra, pode ser a alternativa de economia para as empresas de cobrança, na avaliação do executivo. Ou seja, tecnologias e treinamentos são importantes, mas o fator humano pesa muito nesta atividade tão delicada. “Afirmo que no mundo de hoje as empresas que trabalham com processos massificados não sobrevivem sem um bom Recursos Humanos”, conclui Neto.