Com suas diferenças, tanto o financiamento, como o consórcio apresentam motivos para o consumidor recorrer a cada um deles. Mas, é muito comum a dúvida sobre qual vale mais a pena. Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradora de Consórcio, Abac, em primeiro lugar, deve-se analisar o perfil do consumidor que opta por cada uma das opções. Ele explica que, no consórcio, o perfil é de um poupador, que faz planejamento financeiro para adquirir bens sem pagar taxas de juros, o que torna o custo menor. Já os consumidores que optam por financiamento, são os que têm a pressa para receber o bem ou serviço desejado, arcando com os custos d ´urgência´. “Por se tratar de produtos diferentes, o consumidor deve analisar sua necessidade imediata ou não do bem ou serviço desejado, bem como as peculiaridades de cada um e avaliar qual deles melhor atende suas necessidades”, afirma o executivo.
Considerando a compra de um imóvel, quando a pessoa não tem o valor para a entrada e tem a possibilidade de esperar, pode recorrer ao consórcio aproveitando dos valores mais baixos, segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Anefac. “Ele é indicado, também, para quem já possui um imóvel financiado e, portanto, não conseguiria fazer outro financiamento; para jovens que moram com os pais e com isso estariam adquirindo a compra de seu imóvel futuro para depois ter sua independência ou para quem busca um imóvel para investir”, completa.
Apesar das diferenças, o mercado está aquecido para as duas modalidades devido o maior pode de consumo das classes B, C e D, segundo Eduardo Coutinho, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, Ibmec. No entanto, ele acredita que o financiamento ainda é o mais procurado. “Dada a facilidade de se fazer compras no comércio mediante financiamento”, justifica. O professor da Fecap e coordenador do núcleo de pesquisa da IFECAP, Eric Brasil, atribui essa maior procura à pressa do consumidor e à falta de conhecimento sobre os consórcios. Ele destaca a importância de fazer pesquisas em administradoras e instituições sobre cada uma das opções, e analisar a questão do custo e o tempo disponível para espera. “Ou seja, se consumidor pode esperar um pouco mais para usufruir o bem, consórcios costumam ser mais vantajosos. Por outro lado, se ele possui mais recursos disponíveis e tem pressa, financiamento é uma melhor opção”, conclui.
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Confira as matérias exclusivas do especial:
Diferença entre consórcio e financiamento é só uma questão de prazo para entrega do bem, segundo VP da Anefac
Custo deve ser o primeiro fator a ser levado em conta na comparação entre consórcio e financiamento
Consumidor deve avaliar a necessidade de imediatismo para optar por modalidade de parcelamento
No lugar de recorrer a parcelamentos, consumidor deve juntar dinheiro para comprar à vista
Diretor da Racon destaca taxas mais baixas do consórcio em relação ao financiamento