A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas subiu de 95% em março para 95,3% em abril de 2012, o que significa que a cada 1.000 pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias, segundo pesquisa da Serasa Experian. Mas nem sempre a situação é favorável assim. Às vezes o pior acontece: o empresário se depara com as contas no vermelho e a empresa entra em crise. O que fazer nessa hora?
Tendo em vista a relação emocional e pessoal que o empresário tem com seu negócio, uma solução pode estar na contratação de uma consultoria especializada que irá avaliar toda a situação e planejar formas de resolver o problema agindo com imparcialidade. “Quando se descobre um mal estar, a primeira coisa a fazer é procurar um médico. Da mesma forma, quando uma empresa se vê em uma situação difícil, é preciso, antes de tudo, fazer um diagnóstico da situação e isso vai permitir tomar as medidas mais eficazes, sem mais perda de recursos para a organização”, aponta José Luis López Córtes, diretor geral da ActionCoach Brasil.
Monitorar os custos, o planejamento do capital de giro e apostar apenas em projetos com bom potencial de risco x retorno, também são ações fundamentais para não perder o controle, garante Richard Rytenban, especialista em investimentos, economia e professor de finanças. “Além de otimizar os custos e renegociar dívidas, um dos pontos mais importantes é desenvolver um plano que permita à empresa voltar a ser lucrativa se for este o caso, ou em outra situação comum, diminuir o ciclo financeiro para reduzir a necessidade de capital de giro”, orienta.
Outro fator importante é estar atento aos processos das empresas. “Essas operações geram um ciclo: compra, vende, paga e recebe – e, neste caso, a empresa precisa comprar com um prazo maior para que não haja um problemas com fluxo de caixa”, explica Braulino José dos Santos, consultor da Contmatic Phoenix.
Em 2009, por exemplo, a empresa Expansão Prestação de Serviços enfrentou uma crise com caixa em decadência mensal, chegando a contrair uma dívida de R$ 95 mil. “O primeiro passo foi fazer um mapeamento dos processos operacionais e financeiros. A partir daí percebeu-se que perdemos grandes oportunidades na operação e também que a falta de um planejamento financeiro e um controle do fluxo de caixa estava matando o negócio”, relembra Leonardo Silva Leandro, diretor da companhia. Depois de implementar novos métodos de gestão, a Expansão conseguiu não só se reerguer como aumentou o lucro em R$ 50 mil e conquistou novos clientes.
Estar “no vermelho”, no entanto, não é sinônimo de quebra, se a situação for estrategicamente contornada. “Quase sempre existe uma saída para alcançar a saúde financeira da empresa. Com atitude, disciplina e perseverança tudo é possível”, garante Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira.
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