Após sete meses, inadimplência tem queda



O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor caiu 3,0% em setembro, na comparação com o mês imediatamente anterior (agosto/11). Foi a primeira queda mensal do índice, após seis altas consecutivas. Na análise anual – setembro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado – a inadimplência desacelerou e registrou alta de 23,3%. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2010, o índice repetiu o mesmo percentual do mês passado, 23,4%.



De acordo com os economistas da Serasa Experian, a antecipação do 13º salário aos aposentados, a redução dos juros e a menor quantidade de dias úteis, frente a agosto, fizeram com que a inadimplência apresentasse esse recuo em setembro. Também contribuiu para o declínio do índice a maior facilidade oferecida pelos credores ao consumidor para renegociar dívidas, como, por exemplo, as condições proporcionadas pela Campanha Serasa Experian de Recuperação e Concessão de Crédito Natal 2011, que visa a facilitar a regularização de dívidas e o acesso a novos créditos.



Na decomposição do indicador, todas as modalidades da inadimplência puxaram a queda.  As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) apresentaram queda de 3,3%, com contribuição negativa de 1,3 ponto percentual. Os cheques sem fundos caíram 10,3% (contribuição negativa de 1,1 ponto percentual na variação total). As dívidas com os bancos tiveram declínio de 0,9% (-0,4 p.p). Os títulos protestados também tiveram queda de 13,9% (-0,2 p.p). 

 

De janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o valor médio das dívidas não bancárias teve queda de 14,8%. Já os títulos protestados, os cheques sem fundos e as dívidas não honradas com os bancos apresentaram alta de 14,9%, 7,9% e 0,6%, respectivamente.



O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. Considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc.) em todo o país. Por levar em conta o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades, e não apenas dentro do sistema financeiro, o índice da Serasa Experian consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, que, muitas vezes, revelam ocorrências que vão se manifestar no sistema bancário dentro de 6 a 12 meses.

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