A Accenture e a Associação do Comercial de São Paulo (ACSP) realizaram pesquisa com 90 executivos de 63 grandes empresas do Brasil, para entender as expectativas em relação ao cadastro positivo. O estudo revela que mais da metade dos executivos entrevistados (54%) acredita que o cadastro permitirá uma melhor análise de risco de crédito dos clientes e, consequentemente, reduzirá a inadimplência. As companhias entendem que os benefícios desse mecanismo serão tangíveis no médio prazo – entre um e três anos após sua implantação, de acordo com 39% dos entrevistados.
Nesse sentido, 51% dos entrevistados questionam o atual projeto do cadastro positivo e acreditam que ainda deve haver um debate mais amplo sobre o tema entre bureaus e empresas, com especial participação de instituições bancárias e serviços públicos. Um dos pontos de principal discussão está na necessidade da autorização dos clientes na divulgação das informações referentes a crédito: 62% das empresas consultadas discordam dessa metodologia. A pesquisa aponta, por outro lado, que fora do Brasil clientes adimplentes são estimulados a autorizar a divulgação das informações, com o objetivo de reduzir o custo dos empréstimos.
A pesquisa mostra que 34% dos entrevistados não está confortável em relação a contribuição dos clientes quanto ao fornecimento de informações para a formação do cadastro. Além disso, os executivos entrevistados acreditam que aproximadamente 87% dos clientes não entendem os benefícios do Cadastro Positivo ou desconhecem o assunto.
Somente um terço das empresas participantes disseram estar preparadas para a adoção do cadastro positivo. A pesquisa indica que 17,7% não se sentem nada preparadas ou pouco preparadas (35,5%) para a adoção do mecanismo. O estudo indica que a adoção bem sucedida envolverá novas estratégias, processos e pessoas.