Pelo segundo mês consecutivo, a quantidade de famílias endividadas caiu na capital paulista. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, PEIC, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP, em março, 1,737 milhão de famílias possuíam algum tipo de dívida, número 4,8% menor que o apurado no mês anterior e 11,5% abaixo do registrado em janeiro. Em relação ao resultado de março do ano passado, também foi constatada queda (de 6,9%).
Sobre o total de domicílios da cidade de São Paulo, a proporção de famílias endividadas chegou neste mês a 48,4%, menor nível desde dezembro de 2012, quando foi verificado um porcentual de 46,3%. Comparativamente, o endividamento caiu mais entre os paulistanos de maior renda do que entre os de menor. Enquanto a parcela endividada entre as famílias com ganhos de mais de dez salários mínimos mensais caiu de 37,7%, em fevereiro, para 29,3%, em março, a fatia entre as famílias com remuneração de até dez salários mínimos por mês praticamente ficou estável no período ao recuar 0,4 ponto porcentual, de 55,4% para 55%. Quase não variou o número de famílias com contas em atraso, passando de 517,8 mil, em fevereiro, para 522,2 mil em março. Por outro lado, no período, a quantidade de famílias que dizem acreditar não ter condições de pagar suas dívidas total ou parcialmente em 30 dias cresceu de 126,5 mil para 182,4 mil.
O cartão de crédito é a modalidade de dívida de maior incidência. Entre as famílias endividadas, 65,9% possuíam faturas para pagar. Na sequência, apareceram financiamentos de veículos (18,7%), carnês de crediário (15,4%), créditos pessoais (12,3%), financiamento imobiliário (11,3%), cheque especial (5,6%) e crédito consignado (4,1%). Pouco mais de dois quintos do total de famílias com dívidas (40,3%) acreditam ter sua renda comprometida por mais de um ano e quase um quarto (24,5%), em até três meses. As demais se dividem entre as que acreditam ter comprometimento de renda por períodos de três a seis meses (17,7%) e de seis meses a um ano (14,7%). Não responderam a pergunta 2,8% do total.