Cresce pagamento de dívidas

O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de dívidas – avançou 0,2% em abril, na comparação com março deste ano, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Este leve aumento, porém, não desviou o indicador de sua trajetória de desaceleração no acumulado em 12 meses (comparação entre mai/13 até abr/14 e mai/12 até abr/13), que passou de 2,6% em março para 1,9% em abril. No acumulado do ano, o mês de referência registrou alta de 0,4%.
Desde o ano passado, o indicador de recuperação de crédito segue em desaceleração. Seu atual ritmo de crescimento é condizente com a conjuntura econômica: desaquecimento do mercado de trabalho, a queda recente da taxa de inadimplência, menor concessão de crédito e melhor qualidade dentro das linhas atualmente ofertadas, entre outros fatores. Com todos os aspectos mantidos constantes, para este ano, espera-se uma desaceleração, mantendo ainda um crescimento próximo de 1%.
Na comparação mensal dos dados dessazonalizados, houve elevação de 1,9% na região Sudeste, principal peso dentre as regiões, puxando para cima o indicador. Nas outras regiões, houve queda no período, destacando-se a região Norte com recuo de 5,0%. Nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste as quedas foram um pouco mais moderadas, 1,9%, 1,7% e 0,9%, respectivamente, mantida a base de comparação. Quando confrontados os últimos 12 meses contra o mesmo período anterior, a região Sudeste é a única que acumula queda (-0,6%). Na região Centro-Oeste, o indicador acumula alta de 6,7%, no Norte 5,6%, no Nordeste 4,8% e no Sul 5,0%, sendo esta a única região a registrar aceleração em 12 meses acumulados, tendo em vista que o resultado de março fora de 4,8%.
O indicador que considera a recuperação de crédito no setor varejista aponta uma queda ainda maior no mês de abril (-1,8%). Na variação acumulada em 12 meses, o indicador passou de -4,6% em março para -6,5% em abril. Mantida a base de comparação anterior, foi observada a mesma tendência em todas as regiões. Nordeste e Sul registraram as variações mais intensas, de -9,9% e -6,8%, respectivamente. No Sudeste a queda foi de 5,4%, no Norte de 5,3% e no Centro-Oeste de 4,5%.

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