De olho na inadimplência

A inadimplência promete ser estável em 2014. Com altas taxas de juros, e sem previsão de alterações no mercado de trabalho, a tendência é que consumidores fiquem cada vez mais em dia com as contas. Porém, caso a inadimplência suba, Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, FEARP/USP acredita que as empresas de concessão de crédito devam ficar mais cuidadosas. “Essas empresas vão avaliar com mais cuidado as novas concessões a partir do momento em que a taxa de inadimplência se elevar. Com a reversão da trajetória dos juros, seria de se esperar a tendência oposta do que temos observado até o momento”, afirma.
Para Nakabashi, apesar de mais cauteloso, o setor que apresenta maior alta da inadimplência entre consumidores ainda são bens de consumo duráveis. “Quando há uma tendência de elevação da inadimplência, os setores que ficam mais vulneráveis são aqueles que dependem mais das compras a prazo, como o setor de bens de consumo duráveis”, comenta.
Porém, se for orientado financeiramente, o consumidor brasileiro pode obter sucesso em acertas as dívidas, na opinião de Luciano. “Em certa medida, presenciamos, no passado recente, redução da taxa de juros, elevação dos salários reais e a taxa de desemprego baixa. As variáveis macroeconômicas são importantes para entender esse processo, mas uma boa educação financeira também poderia ajudar os brasileiros a acertar e fazer menos dívidas”, garante.

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