A quantidade de consumidores que buscou crédito durante o primeiro semestre deste ano cresceu 7,8% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito. Quando comparado a junho do ano passado, o índice também apresentou aumento de 9,9%. Apesar da alta, ela é menor do que o crescimento apresentado no 1º semestre de 2018 (11,1%).
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse crescimento abaixo do ano anterior foi influenciado pela alta da inflação em janeiro, fevereiro e março, puxada principalmente por alimentos e combustíveis. “O movimento fez com que as famílias optassem por priorizar pagar as contas domésticas, ao invés de buscar crédito. O movimento começou a se inverter em abril e teve sua principal melhora em junho, quanto a inflação foi de 0,01%, o menor patamar do ano. Com isso, as pessoas se sentiram mais confiantes para procurar por crédito e a alta registrada foi similar ao mesmo período de 2018 – 9,8% e 9,9%, respectivamente”, comenta.
Ainda no acumulado do primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, todas as regiões apresentaram avanço na procura do consumidor por crédito, mas pela primeira vez a região Sudeste foi a que menos cresceu, apresentando alta de 5,3%. Enquanto isso, o Centro-Oeste aumentou em 13,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, seguido pela região Norte com 12,1%, Nordeste com 10,0% e Sul com 8,2%.
Análise por renda pessoal
Na comparação com o acumulado dos primeiros seis meses do ano passado, a demanda por crédito apresentou variações positivas em todas as faixas de renda: houve um aumento de 8,3% para quem recebe até R$ 500 por mês; outro de 9% para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e 7,1% para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês. Além disso, quando analisamos as rendas acima de R$ 2 mil, a procura por crédito foi semelhante. Para a faixa de renda entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais a demanda foi 6,5%; 6,1% para o consumidor com renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês e, também, para quem ganha mais de R$ 10.000.