Empresas vão atrás de crédito

A intenção dos micro e pequenos empresários em tomar crédito nos próximos 90 dias registrou 13,15 pontos em outubro, segundo o indicador mensal calculado pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes). O resultado está 2,04 pontos acima do obtido em setembro, que foi de 11,11 pontos na escala de zero a cem, em que, quanto mais próximo de 100, mais propenso está o empresário a buscar crédito.
De acordo com o levantamento, somente 6,5% dos micro e pequenos empresários das capitais e do interior do país manifestam a intenção de buscar crédito no horizonte de 30 dias. Para um intervalo ampliado de 90 dias, o percentual é de 8,2% dos entrevistados. E apenas 32,6% dos empreendedores consultados afirmaram acreditar que o faturamento de sua empresa irá crescer nos próximos seis meses.
Ainda segundo a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, quatro em cada dez (39,5%) empresários ouvidos consideram que atualmente está “difícil” ou “muito difícil” ter crédito aprovado, resultado superior ao constatado em setembro deste ano (35,0%). Segundo os entrevistados, as modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas são os empréstimos (32,9%) e o financiamento (22,4%) em instituições financeiras.
Sobre a intenção de realizar investimentos em seus negócios, o indicador registrou 29,89 pontos em outubro, em uma escala de zero a cem.  O resultado mostra uma leve melhora do ambiente na comparação com os últimos quatro meses. Ao todo, pouco mais de um quarto (28,4%) dos micro e pequenos empresários consultados pretendem realizar algum investimento nos próximos três meses. Um estudo recente do SPC Brasil mostrou que dentre os empresários que não vão investir nesse fim de ano, 42% não acreditam em aumento significativo da demanda.
Dentre os empresários que demonstram a intenção de investir, os investimentos mais citados são em comunicação e propaganda (34,4%), ampliação de estoques (34,4%), reforma da empresa (31,7%) e compra de equipamentos e maquinários (28,2%).

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A quantidade de empresas que procurou crédito em novembro avançou 3,3% em relação a outubro, conforme resultado apurado pelo Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Na comparação com novembro de 2011, a demanda foi 9,9% menor. No acumulado do ano, a busca das empresas por crédito apresentou variação negativa de 4,5% perante o mesmo período de 2011.

 

O maior crescimento na demanda das empresas por crédito em novembro foi verificado nas micro e pequenas empresas, com alta de 3,5% frente a outubro. Nas médias empresas o crescimento foi de 0,2% e nas grandes empresas foi de 1,5%. No acumulado do ano, as grandes empresas estão registrando o maior crescimento na busca por crédito: alta de 14,8%. Nas médias empresas, a alta registrada foi de 11,9%, e nas micro e pequenas empresas, a demanda por crédito recuou 5,5%.

 

As empresas do setor de serviços foram as que mais cresceram a sua busca por crédito, registrando alta de 5,0% frente a outubro. Em seguida vieram as empresas industriais com alta de 2,3% e, por fim, as do setor de comércio com elevação de 1,8%. No acumulado de janeiro a novembro de 2012, as empresas comerciais estão liderando a queda, com recuo de 6,0%. As indústrias estão com recuo acumulado de 4,6% e as empresas de serviços estão com a menor queda: 2,8%.

 

Por região, o Norte foi que mais cresceu: alta de 7,4% frente ao mês de outubro. No Sudeste, a alta foi de 4,2%, seguida pela expansão de 2,5% verificada na demanda por crédito das empresas da região Sul. No Nordeste a alta foi de 1,4% e no Centro-Oeste, a demanda das empresas por crédito cresceu 1,1%. No acumulado do ano, os menores recuos na demanda das empresas por crédito foram verificados nas regiões menos desenvolvidas do país: quedas de 2,6% no Norte e de 3,2% no Nordeste. A região Sul registrou recuo de 3,8% e no Centro-Oeste a queda foi de 4,2%. A maior variação negativa foi verificada no Sudeste: -5,5%.

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